Luiz Bandeira
Os alagamentos causados pelo Rio Paquequer já provocaram inúmeros estragos em Teresópolis e seguem sendo motivo de preocupação para boa parte da população, sobretudo para quem vive nas proximidades do principal curso d’água do município. À medida que se aproxima o período de chuvas intensas, cresce a atenção para a necessidade de intervenções preventivas por parte do poder público. Em janeiro deste ano, máquinas do programa estadual ‘Limpa Rio’ iniciaram a retirada de detritos e o desassoreamento do Paquequer, com trabalhos concentrados no extravasor da Barra, na altura da Avenida Presidente Roosevelt. A ação contou com a presença do presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Renato Jordão Bussiere. Ao todo, 12 máquinas e 10 caminhões foram disponibilizados pelo governo estadual para os trabalhos. O objetivo era mitigar os impactos das chuvas de verão, tanto na região central de Teresópolis quanto em áreas do interior, como o distrito de Bonsucesso. Mas, apesar dessa ação, ainda há muito a ser feito.
O Rio Paquequer, que nasce no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, corta o centro da cidade e deságua no Rio Preto, em Providência, enfrenta problemas de assoreamento em vários trechos, aumentando os riscos de transbordamentos. A situação é especialmente crítica com a chegada da temporada de chuvas, quando o aumento no volume de água pode provocar alagamentos e novos danos.

Muro no caminho
Recentemente, um incidente agravou ainda mais a preocupação dos moradores. Na madrugada do dia 24 de maio, parte do muro de contenção do edifício Granado, localizado na Avenida Lúcio Meira, próximo à Praça Olímpica Luís de Camões, desabou durante os trabalhos de desassoreamento conduzidos por uma máquina a serviço do Inea. “O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informa que, no momento, realiza a fase interna da licitação para a escolha da empresa que ficará responsável pela execução da obra”.

Sem ‘Limpa Rio’
Até o momento, não há informações oficiais sobre a continuidade das ações do programa ‘Limpa Rio’ no município, o que tem gerado apreensão entre moradores e autoridades locais diante da proximidade do período chuvoso.