Luiz Bandeira
Estacionar nas ruas de Teresópolis onde funciona o sistema de estacionamento rotativo ficou mais caro. Foi autorizado e já sendo aplicado um reajuste de 20% nas tarifas cobradas pela empresa Digipare, responsável pela operação do sistema no município há cerca de dois anos. O Decreto nº 6.457, de agosto de 2025, estabelece os novos valores. Nas vagas da Zona Comercial, o preço da meia hora de estacionamento passou de R$ 1,25 para R$ 1,50. Para quem estacionar por uma hora, o custo agora é de R$ 3,00. Já os veículos emplacados em Teresópolis continuam contando com o desconto de 30%. Nesse caso, a tarifa por hora passou de R$ 1,75 para R$ 2,10. Na Zona Turística, que abrange áreas do bairro do Alto e da Feirinha, o aumento também já está valendo. A meia hora passou de R$ 2,00 para R$ 2,40, e uma hora de estacionamento agora custa R$ 4,80.
Nas regiões da Várzea/Centro e no Alto, o tempo mínimo de cobrança é de meia hora, com fracionamento permitido. Há ainda uma tolerância de 15 minutos para os motoristas. Com a aplicação da nova tabela, já muita gente reclamando e comparando a outros municípios. Em Gramado, na Serra Gaúcha, por exemplo, uma hora custa R$ 2,80, abaixo do valor praticado agora em nosso município.

Outras regras
Além do reajuste, o decreto também traz novas regras para o funcionamento do sistema. Uma delas é a limitação do tempo de uso das vagas de carga e descarga, com cobrança de tarifa adicional caso o período permitido seja ultrapassado. A fiscalização será feita por videomonitoramento. A Prefeitura e a Digipare também iniciaram a instalação de novas placas indicativas, destacando vagas de curta duração e espaços exclusivos para ônibus de turismo.
Apesar da oficialização dos novos valores, a comunicação ao público ainda é falha. Durante apuração no local, a reportagem flagrou que valores antigos foram riscados manualmente nas plaquetas dos totens de pagamento e adesivos cobrem os antigos valores impressos em placas instaladas nos postes, sem substituição por informações atualizadas. A prática deixa os usuários sem acesso claro às tarifas atualmente em vigor.
Procura por locais alternativos
Desde o início da cobrança do estacionamento rotativo, que começou no governo Vinicius Claussen, quem precisa estacionar diariamente para ir trabalhar – principalmente – passou a procurar locais onde não é necessário desembolsar um alto valor sem a garantiria que vai encontrar o veículo onde deixou. Na região da Várzea, bairros como a Vila Muqui passaram a ser ‘tomados’ pelos motoristas. Na região de Agriões, ruas paralelas à Carmela Dutra diariamente estão lotadas de veículos.