Marcello Medeiros
Duramente afetada na Tragédia de 12 de Janeiro de 2011, a localidade de Santa Rita, no Segundo Distrito de Teresópolis, se reinventou através do turismo rural e ecológico, segmentos que têm levado cada vez mais gente – e recursos para esse cantinho do interior. Porém, as condições das estradas dessa bonita região do município não têm contribuído para que ocorram mais investimentos. Uma delas, que permite acesso ao Vale do Cuiabá, em Petrópolis, corre risco de ser totalmente interditada em breve. Boa parte dela cedeu em direção a um barranco, deixando estreita a passagem por onde circulam também caminhões que fazem o escoamento de parte da produção rural para o município vizinho.
“Um trecho da estrada está desabando. Em reunião com a secretaria de Agricultura, a Associação de Moradores propôs doar o material para que a prefeitura fizesse o conserto e o secretário se comprometeu a consertar em 20 dias. Porém, quase três meses se passaram e nada foi feito. O direito de ir e vir está sendo cerceado e também fica cada vez mais difícil escoar a produção agrícola. Não conseguimos receber nenhuma entrega que dependa de caminhão”, relatou ao Diário uma produtora rural que também trabalha com o turismo receptivo em Santa Rita.
O trecho em questão fica próximo a uma grande e bonita fazenda, a Santo Antônio. Nesta quinta-feira (01), cobramos um posicionamento da secretaria de Agricultura, através da Assessoria de Comunicação da Prefeitura. Porém, não obtivemos nenhuma resposta até o fechamento desta edição.

Grande potencial, falta investimento
Além de moradores e produtores rurais dedicados ao turismo rural e ecológico, Santa Rita ganhou, dez anos atrás, um grande presente: uma das sedes do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis. O espaço, construído em uma antiga fazenda, oferece atrativos para diferentes tipos de público – de trilhas curtas e brinquedos a uma caminhada mais íngreme, até o cume da Pedra Alpina.
Com entrada franca, a unidade de conservação tem levado cada vez mais gente para um bonito cantinho de Teresópolis onde, até poucos anos atrás, só frequentavam moradores e adeptos de esportes de aventura – como ciclismo e montanhismo. Porém, apesar de tamanha potencialidade, que pode render recursos financeiros para quem vive na região, continua faltando um olhar apurado para permitir que os acessos e outros serviços sejam prestados de maneira adequada.
Albuquerque
Já moradores da localidade de Albuquerque, em vias paralelas à rodovia RJ-130, continuam reclamando da falta de um calçamento adequado e lamaçal que deixa ruas com a Peru e México intransitáveis no período chuvoso. Há anos quem reside nessa região reclama da falta do escoamento de água da chuva, que impede o fluxo pluvial adequado. Nos dias de maior precipitação, toda a lama arrastada dessas e outras ruas vai parar na rodovia Teresópolis-Friburgo. Cerca de dois anos atrás, moradores se cotizaram para comprar centenas de manilhas, que deveriam ser instaladas pela prefeitura para solucionar o problema e permitir o asfaltamento das ruas. Porém, o serviço nunca foi concluído.