Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
A Justiça restabeleceu, em caráter liminar, nesta sexta-feira (21), a cobrança de pedágio em um sentido da Linha Amarela, que havia sido suspensa na quinta-feira (20) em decreto do prefeito do Rio, Marcelo Crivella. A medida judicial beneficia a concessionária da via expressa, a empresa Lamsa.
No decreto, Crivella alegou cobranças a mais realizadas em obras pela Lamsa e decidiu suspender a cobrança no sentido Ilha do Fundão da Linha Amarela, por 19 meses, como forma de ressarcir os usuários da via. Em nota, a prefeitura do Rio afirmou que “se manterá firme na decisão de manter suspensa a cobrança do pedágio no sentido Barra-Fundão, corrigindo erros que levaram a Lamsa a cobrar até 60 vezes mais por serviços realizados na via expressa, prejudicando diretamente a população carioca”.
O motivo da decisão, segundo a prefeitura, foi o resultado de uma auditoria feita por uma comissão das secretarias municipais de Transportes, Infraestrutura e Habitação e da Controladoria Geral do Município para apurar o equilíbrio econômico-financeiro da concessão.
“No estudo, foram encontradas cobranças irregulares por parte do consórcio Lamsa, que somam perto de R$ 223,9 milhões. A forma mais justa de devolução desses valores, segundo o prefeito, é beneficiar o usuário com a redução da tarifa, pela suspensão da cobrança em um dos sentidos da via expressa”, afirmou a nota.
A Lamsa considerou a atitude do prefeito como irresponsável e alegou que realizou uma série de melhorias na Linha Amarela ao longo dos anos.