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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Moradores do Alto se unem contra descaso das autoridades sobre eventos na praça

Grupo cobra que Ministério Público e Prefeitura ajam contra som alto e a perturbação que vão até a madrugada

Marcus Wagner

Enquanto o Ministério Público e a Prefeitura proíbem a realização de eventos no Teresópolis Golf Club para não incomodar a vizinhança, moradores do entorno da Praça Nilo Peçanha, no Alto, reclamam que não estão tendo o mesmo direito respeitado.  Shows com som alto à beira da janela, jovens consumindo drogas e bebidas alcoólicas, tumultos e gritaria que ultrapassam as 23 horas são situações recorrentes e alvos da indignação de muitos. Diante da inércia das autoridades, membros da Associação de Moradores do Alto decidiram buscar formas mais efetivas para que se faça valer a lei da mesma forma para todos e que se tome providências contra os abusos que ocorrem frequentemente na praça.
“No dia 8, às 9h30min da manhã, nós esperamos juntar um grande número de moradores para conversar e tentar chegar a um acordo para saber o que mais podemos fazer. Nós já tentamos acionar várias autoridades e nada acontece, a bagunça continua na praça, agravada com os eventos frequentes, o que não ajuda um patrimônio público tombado, um projeto de Oscar Niemeyer que deveria ser abraçado pela prefeitura, ter manutenção, mas o que vemos são pichações, baderna, funk de madrugada, eventos constantes, consumo de bebidas e drogas por menores, brigas. Os moradores já estão cansados disso, de não poder dormir, de não poder descansar, não ter uma vida de paz”, destacou uma organizadora do evento que preferiu não se identificar.

Shows na praça
O empresário Antônio Bastos relatou para nossa reportagem que os shows que acontecem na praça Nilo Peçanha impedem qualquer tentativa de descanso dentro de casa e critica a falta de coerência das autoridades perante a uma situação grave: “O volume de som que essas bandas utilizam, não conseguimos sequer conversar dentro de casa, os eventos não tem hora para terminar e com isso não conseguimos dormir. Era interessante o prefeito vir aqui verificar a nossa reclamação. Eu já fiz uma representação ao Ministério Público que simplesmente arquivou e aí fiquei muito surpreso que apoiem uma representação que trata do mesmo tema em relação ao Golf Club, como se lá o incômodo fosse maior que aqui. E não é. Aqui os prédios estão muito próximos da praça, isso cria uma caixa de ressonância e esse volume de som se multiplica muito”. 
Os moradores também destacam que estão indignados pelo descaso com uma praça que tem um projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer e é tombada pelo Município
, mas sofre com vandalismo e falta de manutenção, além da utilização dos gramados como estacionamento.

Estudantes contra a baderna
Diferente do que se possa imaginar, a baderna no local incomoda até mesmo estudantes universitários que moram no entorno, como a é o caso de Isabele Mengali Moro: “Esses eventos são muito incômodos, ficam com músicas desde cedo até após as 11 da noite e o pior é que depois eles vão pra frente dos prédios e continuam a baderna por eles mesmos. Desde que começaram a fazer eventos aqui, piorou muito a situação da praça porque virou point de bagunça. Nos atrapalha a estudar, atrapalha a dormir. Eu vim para cá para Teresópolis para poder levar minha faculdade muito a sério, então a gente acaba tendo as noites de estudo e de sono prejudicadas. É uma barulheira insuportável, muita sujeira, um fedor enorme de drogas. A gente liga para a Polícia e eles não vem mais. Já fui na Delegacia fazer denúncia e até hoje não foi para frente”.

Bailes funk às sextas-feiras
De acordo com o grupo, além de a prefeitura autorizar eventos seguidos na praça, há ainda festas semanais às sextas-feiras que extrapolam todos os limites com algazarra, barulho, carros com música muito altas com palavrões até a madrugada.

Prejuízo aos moradores e ao comércio
Para o empresário Ricardo Rainho, o governo municipal está mostrando uma incompetência muito grande ao não lidar com a situação como deveria: “Essa praça, com um mínimo de investimentos, seria uma das mais belas do Rio de Janeiro. A prefeitura tem que se conscientizar que esses eventos estão quebrando a harmonia da cidade. Eles não trazem beneficio nenhum para o comércio, pelo contrário: os restaurantes ficam vazios e perdem receita. As pessoas vêm para Teresópolis em busca de repouso, pela tranquilidade, e está acontecendo o contrário, é lamentável. Por mais que tentemos fazer algo, esbarramos com a Ouvidoria que não funciona, o Ministério Público não funciona, a Prefeitura não nos escuta. O prefeito deveria ter o mínimo de sensibilidade e bom senso”, afirmou.

 

 

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Edição 26/11/2024
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