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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Obras na subsede do PETP entram na fase final

Unidade no Vale da Revolta terá atrativos turísticos diferenciados

Marcello Medeiros

No início da semana, a gestora do Parque Estadual dos Três Picos, Mayara Barroso, recebeu em Teresópolis o Presidente do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), João Eustáquio, o Subsecretário Executivo da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), José Ricardo, e o gerente de unidades de conservação do INEA, Andrei Veiga, para realizar uma vistoria nas obras da subsede do PETP no município. Localizado na antiga Fazenda Vale da Revolta, às margens da BR-116, o espaço será fundamental para auxiliar na conservação ambiental do fragmento de Mata Atlântica dessa região, que há anos sofre com grande pressão antrópica, e também será mais um equipamento turístico do município, além da previsão da abertura de vagas de empregos. Em fase final, as obras só não foram concluídas ainda devido às restrições geradas pela pandemia da Covid-19 nos últimos meses. 
Em uma área total de 3.811 metros quadrados foram construídas uma sede administrativa, centro de visitantes, espaço para apoio ao lazer, casa do pesquisador, alojamento de guarda-parques, camping, estacionamento e banheiros, além da previsão de restaurante/lanchonete, trilhas para diferentes tipos de público e até banho de rio. No projeto estão sendo empregados conceitos sustentáveis de arquitetura e construção, como por exemplo, aproveitamento da energia solar, através de placas fotovoltaicas para aquecimento da água, biodigestor e captação e aproveitamento de água da chuva.  A reportagem do jornal O Diário acompanha a situação da subsede Teresópolis do PETP desde antes da desapropriação da antiga da fazenda. Em agosto de 2019, visitamos as obras em companhia da Engenheira Ambiental Mayara Barroso, gestora do parque. Ela mostrou os prédios que já estão prontos, o que está previsto para o grande espaço e falou sobre a importância desse ambiente para a conservação ambiental e desenvolvimento das atividades turísticas da região.

Um novo ambiente
A antiga Fazenda Vale da Revolta tem mais de dois milhões de metros quadrados. Estão sendo investidos cerca de R$ 11 milhões em recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (FECAM). A instalação do núcleo numa região com rica biodiversidade da Mata Atlântica foi considerada necessária para que o Poder Público exercesse um controle de fiscalização mais efetivo no município e, além disso, com a subsede Teresópolis do PETP outro setor que tem muito a ganhar é o do turismo ecológico.
“As pessoas que passam na estrada não conseguem ter uma ideia, mas o núcleo é gigante e vai ter vários atrativos futuramente. A nossa ideia é fazer um trabalho de dentro para fora e de fora para dentro, trazer comunidade para visitar e sair do parque para ir até as escolas falar sobre preservação ambiental, proteção integral, como funciona a unidade. Esse trabalho de educação ambiental também está previsto no nosso plano de manejo, passar essa ideia para as crianças se interararem, conhecerem. Afinal, a gente só ama o que a gente conhece. Queremos esse público conhecendo e valorizando o turismo que pode render muito não só para o parque, mas para todas as comunidades do entorno”, enfatiza Mayara.

Parque diferenciado
Responsável pela proteção de importante fragmento de Mata Atlântica, que sofre a pressão antrópica de uma rodovia e duas comunidades, o núcleo Vale da Revolta tem um diferencial em relação aos outros parques com sede no município: Grande área plana que permitirá oferecer atrativos incomuns nos outros espaços e que, consequentemente, acaba sendo de acesso mais fácil do que nos ambientes mais escarpados. Outro objetivo da direção do PETP é interligar os já existentes no município, tendo como base a subsede. “O que a gente pretende fazer assim que tiver plenitude do parque em funcionamento é integrar três pontos turísticos de suma importância para Teresópolis, como a Pedra do Elefante, o Jacarandá e aqui mesmo, criando uma trilha única que ligue esses dois pontos. Assim teremos um atrativo para quem curte trilhas com maior dificuldade, além dessas mais fáceis aqui na subsede mesmo para quem quer curtir com as crianças, para as pessoas mais idosas, ou seja, a ideia é abraçar todos esses públicos”, pontuou a Chefe do Parque, também na entrevista realizada em agosto de 2019.

 

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Edição 26/11/2024
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