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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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25 anos depois, Salomão volta ao PSB

PSL, PODEMOS e DEM crescem, e PT e MDB minguam

Wanderley Peres

Último dia de filiação partidária para aqueles que pretendem participar da eleição de outubro, sábado passado foi de expectativa também para os deputados de mandato, que tiveram na sexta-feira, 6, o prazo final para migrarem de legenda. A janela partidária começou no dia 8 de março, período de um mês em que cerca de 80 deputados mudaram de partido.
Uma análise das migrações de deputados mostra o DEMOCRATAS como o partido que mais cresceu. Legenda do presidenciável e presidente da câmara dos deputados, Rodrigo Maia, o DEM tinha eleito 21 deputados em 2016 e chegou a 40. Outros dois partidos que garantiram candidatura a presidente, PSL e PODEMOS também cresceram substancialmente: a legenda para onde migrou Jair Bolsonaro tinha eleito um único deputado e conta agora com 10, e o partido do sulista Álvaro Dias tinha 4 deputados e ficou com 18.
Idependente das questões ideológicas ou programáticas, e sem os recursos das doações de empresas, agora proibidas, a infidelidade dos políticos se justifica na busca da elegibilidade, afinal as eleições serão bancadas com dinheiro do fundo partidário, e a busca é pela legenda que apresente melhores condições de distribuição destes recursos, além de maior tempo de propaganda na tevê.
Em Teresópolis, o troca-troca dos políticos teve influência em alguns partidos, especialmente no DEM, do cacique André Corrêa, ligado ao MDB de Luiz Ribeiro que teve o democrata Maurílio Schiavo de vice na última eleição, tornando-se os mais votados com votos válidos do último pleito. A legenda do vice caiu nas mãos do deputado Milton Rangel, que é ligado a outro prefeitável emedebista, Leonardo Vasconcellos, e ao prefeito interino Pedro Gil. O vereador não se definiu, ainda, mas se Pedro Gil não viabilizar sua candidatura pelo PP do Tricano, o presidente interino da câmara pode sim, querer bater chapa na convenção partidária que terá de ser realizada para a escolha do candidato a prefeito do partido na eleição extemporânea de 3 de junho, afinal a máquina não pode ficar sem candidato à reeleição. O PSB, do deputado Hugo Leal, também mudou. Foi para as mãos do grupo do ex-deputado Salomão, que deixou a Rede, desalojando o deputado de fora mais votado na cidade, que migrou para o PSD.
A volta de Salomão ao Partido Socialista Brasileira ocorreu 25 anos depois de seu ingresso no partido, onde disputou sua primeira eleição, em 1994. "Filei ao PSB em 1993, com a bandeira de defesa das empresas públicas do Brasil. Com o decorrer do tempo, por ser e morar em Teresópolis, abracei as causas da cidade e da Região Serrana também", lembra o deputado, que tem boa relação com as duas figuras mais expressivas que o partido abocanhou no estado: o deputado estadual Carlos Minc, e o deputado federal Alessandro Mollon.
Pré-candidato a deputado federal em outubro, Salomão diz que a sua volta ao Partido Socialista Brasileiro simboliza um reencontro seu com uma agremiação política onde melhor pode expressar suas convicções. "No PSB, onde fui deputado por duas vezes, e participei da Executiva Estadual, retomo a bandeira da justiça social, onde a convivência do empreendedorismo privado com a sociedade não se dá somente no reconhecimento de sua importância, mas aliado ao respeito e valorização do trabalhador, bem como no compromisso pétreo com os desassistidos do País", lembra.

 

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Edição 28/03/2024
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