Paola Oliveira
Neste sábado (22), é a vez do bloco Pula Pirata sair às ruas da cidade para levar samba, alegria e animação aos foliões de plantão. O bloco, que tem uma pegada diferente, é considerado irreverente por não ser como os tradicionais blocos carnavalescos e misturar públicos totalmente diferentes. Conhecendo mais a história dos piratas é possível entender essa inusitada origem, que envolve artistas que carregam nas veias a essência do rock and roll. “A ideia surgiu entre amigos, músicos, em uma noite no ano de 2009. Todos estavam bebendo, tocando, aí eu comecei a brincar falando que ia fazer um bloco de carnaval rock and roll. Chegou o carnaval de 2010 e o pessoal perguntou: E ai vai ter o bloco? Aí colocamos o bloco na rua naquele ano. Éramos menos de 50 piratas, mas a turma só foi crescendo a cada ano”, conta o representante e fundador do bloco, André Sampaio.
Apesar dos estilos musicais opostos, os tripulantes do bloco levam o samba muito a sério, dedicando tempo e contribuindo financeiramente, todos os anos, para que o tão informal e despojado grupo faça parte do carnaval dos teresopolitanos. “Hoje já tem uma galera, o bloco tem uma visibilidade bacana na cidade. O pessoal cobra muito durante o ano e pergunta como é que vai ser, se vai ter os ensaios e estamos ai na avenida fazendo nosso samba misturado com o rock and roll, que é o que a gente gosta”, afirma André.
Completando os seus 10 anos neste carnaval 2020, os piratas vão novamente tomar a avenida com vestimentas excêntricas como a do conhecido Jack Sparrow, da sequência “Piratas do Caribe”, rompendo a barreira musical e mostrando que o carnaval faz parte da cultura brasileira e pertence a todos. “Pula Pirata é uma brincadeira nossa, porque o bloco tem essa pegada rock and rlol. Uma pegada diferente, bem irreverente mesmo. É uma galera do rock que também curte um carnaval. Então com essa junção, o Pirata foi o símbolo que nós conseguimos para fazer essa mescla do samba com o rock”, relata o pirata André.
Turma empolgada
Como a maioria dos blocos do município, o Pula Pirata também se mantém lutando pela cultura do carnaval e defendendo a importância dos blocos de rua. O barco dos piratas vem sendo tocado através do compromisso, amor e dedicação dos seus fiéis tripulantes, que não só se aplicam nesta época como também no decorrer de todo o ano. “A gente sempre espera uma galera legal e sempre chega todo mundo a caráter”, diz otimista.
Em comemoração a primeira década de história, o bloco retorna ao local de concentração dos primeiros carnavais, o bairro da Tijuca. O grupo se reúne neste sábado, a partir das 20h, na Rua Roberto Rosa. “Não é abada, você não tem que pagar nada, é botar o seu chapéu, vir fantasiado e pular o carnaval com a gente de pirata”, convida André.