Em resposta à manifestação realizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE), em frente ao Palácio Teresa Cristina no final da tarde da última segunda-feira (17), quando os profissionais lotados na rede municipal de educação cobraram reajuste salarial e outras demandas do magistério, o governo Vinicius Claussen informou na tarde desta terça-feira que desde o último dia 13 tem reunião agendada com a categoria para tratarem dos assuntos em pauta. “A reunião acontece nesta quinta-feira, 20, no Teatro Municipal”, informou a Assessoria de Comunicação da PMT.
A principal demanda apresentada pelo SEPE foi o não cumprimento de reajuste previsto para a categoria seguindo a lei do piso nacional. “O magistério foi a única categoria que não recebeu o aumento na data base, que é janeiro. Segundo o nosso PCCR, em janeiro temos que ter reajuste, de acordo com a Lei 11.778, a lei do piso nacional. Toda vez que ele aumenta, temos que ter reajuste igual, mas isso não aconteceu. Estamos cobrando o reajuste de 12,84%, além de nossas perdas salariais, que somam 10%, fora os reajustes anteriores que não foram dados. Estamos pedindo o que é nosso por direito”, explica Rosângela Castro, Presidente do SEPE em Teresópolis.
Eles cobraram ainda outras situações em aberto ou mal resolvidas. “Precisamos de um terço de planejamento, pois trabalhamos de graça para o governo municipal. É exploração do trabalho do magistério. No primeiro segmento são cinco horas mais, ou seja, teria que ficar um dia a mais em sala de aula. No segundo segmento, são duas horas a mais. Precisamos dessas horas para planejamento, para poder melhorar a qualidade das aulas. Sugerimos ainda contratar professores de artes, de língua estrangeira e educação física, como prevê o regimento do município”, informa Rosângela, que citou ainda dúvidas em relação ao concurso previsto para o magistério.
Ela lembra também que, apesar do anúncio de reformas em algumas escolas, é preciso investir também nos professores e pessoal de apoio. “Primeiro é preciso valorizar o profissional, senão ele vai procurar outra área para trabalhar. Hoje o professor passa pela rede e acaba saindo, indo para outras atividades, pois não está valendo a pena nos dias de hoje. Desde 2012 nossas perdas estão se achatando e temos que lutar, senão conseguir chegar à aposentadoria vai ser muito difícil. Sem a valorização dos professores perdemos nós todos. Formamos os cidadãos de Teresópolis e o mínimo que a gente quer é que respeitem os nossos direitos”, pontua a Presidente do SEPE.