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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Novo semáforo ainda confunde pedestres

Transeuntes e motoristas devem ter atenção redobrada na Avenida Lúcio Meira

Paola Oliveira 

Entre as mudanças realizadas no trânsito nas últimas semanas, inicialmente pensadas para atender ao sistema de integração de ônibus, que acabou sendo cancelado pela Justiça três dias depois de ser iniciado, a que ainda vem causando dúvidas para os teresopolitanos é a instalação de um semáforo em frente ao Centro Administrativo da Prefeitura, antigo Fórum, na Avenida Lúcio Meira, na Várzea. Até então existia apenas uma faixa de pedestres, onde os transeuntes tinham que aguardar os motoristas pararem ou o trânsito fluir para conseguir atravessar. Hoje, basta apertar um botão e esperar o sinal ficar vermelho para os veículos. Porém, muitos continuam cruzando a pista sem aguardar o momento adequado e, dessa forma, correm riscos de atropelamento caso os condutores foquem apenas na sinalização verde.

Estivemos no local nesta quinta-feira e constatamos que tanto os motoristas quanto os pedestres têm enfrentado a dificuldade em se adaptar às alterações. Para facilitar a circulação dos pedestres, que são muitos na maior parte do dia, o espaço conta com a assistência de um botão, que acionado é capaz de parar o sinal depois de alguns segundos. Esse curioso sistema é conhecido como “botoeira”, porém muitos ainda ignoram a sua existência não fazendo ideia da sua função no local. Caso ninguém acione o botão, o semáforo permanece aberto por tempo indeterminado. “Tem hora que eu me esqueço do botão. Mas eu não sabia que ele parava mais rápido, eu acabo esperando mesmo. Muitas coisas estão mudando, mas não informam a gente, que fica totalmente perdido”, relatou a pedestre Sandra Regina. “Eu não sabia do botão. Eu acho que isso ajuda os pedestres, mas e quem não entende? Teria que ter alguém aqui informando,” explica outro transeunte.
Há quem pense que a “botoeira” não funciona, mas assim que é ativado o dispositivo é programado para atender, dando passagem aos pedestres dentro de 40 segundos. Quem espera ser atendido imediatamente sairá frustrado. Isso se deve ao fato de que os semáforos trabalham em ciclos. Ao apertar o botão durante um ciclo já iniciado, o sinal só se fecha quando um novo ciclo começar. 


É comum presenciar no mesmo local a confusão dos motoristas e pedestres com o novo semáforo. Mesmo com a cooperação do agente da Guarda Civil Municipal, muitos pedestres não acionam a “botoeira” e nem aguardam pacientes na faixa, arriscando atravessar de uma via para a outra sem segurança.“Os pedestres sempre avançam com o sinal aberto. Nunca respeitam a faixa de pedestre. Mesmo com sinal aberto o pessoal atravessa,” desabafa o motorista Júnior Damásio.

Muretas no canteiro central
Ainda nesse trecho foram construídas muretas no canteiro central para evitar acidentes envolvendo os pedestres, que na maioria das vezes atravessavam fora da faixa destinada a eles. O projeto foi criado a partir de uma pesquisa realizada pelo Corpo de Bombeiros que mostra que na Avenida Lúcio Meira, entre Duque de Caxias e a Calçada da Fama, o percentual de acidentes envolvendo atropelamento, principalmente de idosos, era muito alto. Com o bloqueio, mesmo que alguns ainda insistam em cruzar a movimentada via fora da faixa, o público da terceira idade, consequentemente com maior dificuldade, na maior parte dos casos, acaba respeitando o local indicado para a travessia.

 

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Edição 23/11/2024
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