Marcus Wagner
O sonho de três meninas teresopolitanas pôde enfim ser realizado através da solidariedade de um casal que tem amor pela dança. Após assistirem à reportagem da Diário TV em que duas mães reclamavam que as filhas foram barradas na Casa de Cultura após um teste de 20 minutos para o curso de ballet, Yago Chiappetta e NatháliaSimões se sensibilizaram e decidiram ajudar, oferecendo uma bolsa integral no Centro de Dança Attitude. Assim, nesta terça-feira, as crianças finalmente puderam ter a alegria de dar início ao aprendizado do ballet.
“A gente fica muito chateado com uma situação dessa, ainda mais com crianças, acho que é preciso entender o lado das pessoas que estão procurando o curso para as filhas, porque o balé não é um curso barato, então se a prefeitura disponibiliza isso, tem que ver melhor a forma como escolhe as alunas. Excluir três, quatro ou cinco crianças em uma sala grande como aquela é um absurdo, só porque uma não tem biotipo ou porque a outra usa óculos… Não tem desculpa, se você não trabalhar com a criança, não vai saber o nível técnico dela, eles tem que avaliar melhor esse critério de seleção”, afirmou Yago, que completou: “A criança é o futuro de cultura então temos que dar muita atenção a elas”.
A professora Nathália Simões ficou muito emocionada ao falar sobre a primeira aula das novas alunas: “Eu me emociono porque na minha infância eu também não tinha condição de pagar o ballet. Me formei na Casa de Cultura sem pagar mensalidade, a gente tinha bolsa, o ensino era maravilhoso e nunca sofri nenhum tipo de discriminação na época. Já tem 19 anos que faço ballet e foi graças a esta oportunidade que tive na minha infância que hoje estou aqui no meu espaço podendo dar oportunidade para essas meninas que também têm os sonhos delas e que, se Deus quiser, vão realizar”, contou.
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Mães realizadas
Através de mensagem nas redes sociais do jornal O Diário de Teresópolis, Yago relatou sua indignação com o que aconteceu e fez o convite para que as mães o procurassem, pois queria ajudar. Na noite desta terça-feira, tudo se concretizou, com as pequenas bailarinas dando início ao curso e suas mães admirando e comemorando a oportunidade.
“O que a gente mais queria era ver o sorriso das nossas filhas, não queremos mais falar sobre exclusão porque realmente existem pessoas que realmente amam o sonho das nossas filhas. Agradeço a todos que se importaram com o que nós passamos. Aqui no Centro de Dança Attitude as crianças ficam com esse sorriso lindo que minha filha está. Hoje estou muito feliz porque minha filha está realizando um sonho de fazer ballet, o que ela mais queria”, disse Claudia Mello
“É um prazer muito grande receber esse convite. Eu até esperava que a
Casa de Cultura entrasse em contato com a gente depois da repercussão, mas não. Quem entrou em contato foi o Yago aqui do Centro de Dança Attitude oferecendo a bolsa. Para mim foi uma alegria muito grande e para ela também”, disse Tamires Gomes. “A gente agradece a Deus e a eles (Yago e Nathália) por ter nos ajudado a ver o sorriso das nossas filhas”, completou Cláudia Pimentel.
Yago e Nathália se sensibilizaram com a história das meninas que não tinham conseguido uma vaga no curso de ballet da Casa de Cultura
O Projeto Attitude
O Centro de Dança Attitude foi criado há quase três anos e vem crescendo muito através do trabalho e dedicação de Yago e Nathália. No local, há aulas de diversas modalidades de dança para crianças e adultos. “Aqui a gente tem um lema: se você tem vontade e dedicação, só depende de você. Quem estiver disposto a aprender, vai aprender. Então a gente sempre diz que não existe corpo ideal para fazer ballet, pode vir e fazer com vontade e dedicação que o desempenho vem ao longo do ano”, afirmou Yago Chiappetta.
A academia fica na Rua Emille Ducummun, número 125, nas salas 202 e 206 e o telefone para informações (21) 99486-7951. “Quem se interessar pode entrar em contato para fazer uma semana de aulas experimentais. Temos planos de pagamento mensais, trimestrais, semestrais e anuais, tudo bem facilitado e são mensalidades muito em conta”, garante Nathália.