Paola Oliveira
O estado de São Paulo vem sofrendo nos últimos dias com as fortes chuvas que causaram dezenas de deslizamentos e enchentes. Agora é a vez do estado do Rio de Janeiro enfrentar as consequências da frente fria que promete ir embora nesta quarta-feira (12). Em Teresópolis, a chuva chegou à tarde desta segunda (10) e se manteve durante toda a madrugada. Entre idas e vindas, ela se fez presente na terça-feira (11), deixando a cidade com um verdadeiro clima serrano e preocupados moradores de áreas de risco, principalmente. De acordo com a secretaria municipal de Defesa Civil, a cidade está sob estado de alerta para chuvas fortes e moderadas desde o início da semana. As chuvas, que incansavelmente se mantém durante o dia e a noite preocupam a pasta, que alerta moradores de alguns bairros que estão com volume acumulado. “Os locais que nós temos nesse inicio de ano com a maior incidência de chuvas são Granja Florestal, Vale da Revolta e Rosário”, atenta o subsecretário da Defesa Civil, Coronel Albert. Ele lembra ainda que, em casos mais graves, a Defesa Civil alerta a população através das sirenes. “Nós já emitimos os alertas explicando a situação. Nós temos um volume acumulado em três comunidades, para essas comunidades a recomendação é que eles fiquem atentos aos alertas de chuvas para as próximas horas”.
Os alertas da Defesa Civil são emitidos e enviados a população através do sistema de sirenes nos bairros em áreas de mapeamento de risco e também, de forma geral e mais rápida, através do celular. “Sempre emitimos os alertas de chuvas via sistema de sirenes com antecedência e alertas via SMS”. O subsecretário explica como que os teresopolitanos podem receber diretamente no seu smartphone os alertas. “Para se cadastrar e receber alertas da Defesa Civil, a pessoa tem que fazer um envio de SMS para 40199 informando o número do seu CEP, ai ela vai receber os alertas da Defesa Civil em seu celular gratuitamente,” ele explica.
As sirenes
O Sistema de Alerta e Alarme é formado por 24 sirenes, distribuídas em 13 bairros do município. No Corta Vento, Fischer, Caxangá e Santa Cecília os moradores contam com o serviço de um equipamento. Já no Caleme, Coreia, Fonte Santa, Perpétuo, Pimentel, Rosário e Vale da Revolta estão instaladas duas sirenes. Nos bairros da Granja Florestal e Quinta Lebrão, por se tratarem de localidades de grande extensão e com riscos de deslizamentos de terra e transbordamento de rios, os moradores são alertados através de três sirenes. “Existe todo um protocolo de acionamento de sirenes. Esse protocolo diz que é preciso uma chuva de acumulado de 40 milímetros em uma hora para o acionamento de sirenes com acumulado e 60 milímetros de uma hora sem acumulados”, esclarece o subsecretário. Ou seja, mesmo que comece a chover muito forte, é preciso aguardar tais números para que o sistema seja acionado.
Para evitar acidentes com deslizamentos envolvendo mortes, o Coronel pede a população que se proteja indo para lugares seguros. “Quando começa a chover forte e a comunidade já recebe uma alerta de chuva antecipado via sistema de sirenes ou via SMS, é importante que as pessoas que moram em áreas mapeadas de risco que procurem um lugar seguro com antecedência. Porque muita das vezes, quando a chuva se intensifica, fica até difícil da pessoa sair da sua residência. Assim que receber esse alerta da Defesa Civil ir para um local seguro,” conclui.