O monitoramento de novembro da pesquisa Visão da Economia, realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), revelou que o percentual de empresários fluminenses do setor do comércio de bens, serviços e turismo que estão confiantes ou muito confiantes com a economia fluminense para dezembro (54,8%) cresceu em relação ao otimismo revelado para o mês de novembro (48,1%). O percentual de pessimistas também caiu para dezembro (26,1%) frente aos pessimistas registrados em novembro (30%). O crescimento do otimismo e a queda do pessimismo para dezembro pode estar – parcial ou integralmente – refletindo o ânimo dos empresários para final do ano, sabidamente um bom período para o comércio. O mesmo padrão se repetiu para o Brasil, com otimismo igual a 62,9% para dezembro (contra 58,2% para novembro) e pessimismo igual a 22,16% (contra 26,4% para novembro).
Podem ter contribuído para o aumento do otimismo no curto prazo, a liberação dos recursos das contas do PIS/PASEP e do FGTS, disponíveis a partir de outubro para clientes que não são da Caixa Econômica Federal. O otimismo para os próximos três (3) meses também cresceu. Para o Rio de Janeiro, houve aumento de 4,3 p.p. (56,1% de novembro contra 51,7% de outubro) e para o Brasil um crescimento igual a 1,2 p.p. (60,3% de novembro contra 59,1% de outubro). É a primeira vez, desde o início da pesquisa, que o otimismo revelado para o curto prazo é superior ao otimismo declarado para o médio prazo para o Brasil (62,9% contra 60,3%), o que também pode sugerir que a atividade econômica brasileira pode estar girando, neste final de ano, a um ritmo superior ao verificado no início de 2019. De fato, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC) registrou crescimento, no terceiro trimestre, igual a 0,9% frente ao trimestre imediatamente anterior, taxa bastante superior à observada no primeiro trimestre de 2019 (-0,5%). Para manter o crescimento do otimismo no médio prazo, o IFec RJ destaca que serão necessários: i) a reforma do sistema próprio de previdência do ERJ, cujo déficit até outubro deste ano foi igual a R$ 2,7 bilhões, bem como ii) a discussão da dependência fiscal do estado em relação as receitas provenientes da produção do petróleo.