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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Obra de reforma de escola municipal continua abandonada

Comissão de Educação da Câmara confirma denúncia do DIÁRIO

Wanderley Peres
Repercutindo denúncia do DIÁRIO, representantes das comissões de Educação e Cultura, e de Obras e Serviços Públicos, da câmara municipal, vistoriaram unidade escolar em Venda Nova e confirmaram em relatório apresentado nesta terça-feira, 22, o abandono da obra de reforma e ampliação da escola municipal Tiago de Medeiros. A visita dos vereadores Tenente Jaime (PTB), Dedê da Barra (MDB) e Leleco (Podemos) ocorreu na sexta-feira passada, 18, dia seguinte a matéria publicada no jornal O DIÁRIO, constatando os parlamentares a improvisação no prédio por conta da obra. “Espaços como biblioteca e refeitório estão sendo adaptados para funcionar como sala de aula”, informa o relatório, situação que levou o plenário da Casa a votar encaminhamento de pedido de informações ao chefe do Executivo Municipal sobre o motivo da paralisação, querendo ainda saber os vereadores os valores da obra e o quanto já foi pago. Na mesma incursão, os integrantes da Comissão de Educação da Câmara apuraram ainda denúncias sobre a Creche Municipal Menino Jesus de Praga, em Fonte Santa, unidade que ficou vários dias sem aulas por causa de problemas na caixa d’água. 
Revelando o descontrole na secretaria de Educação, o presidente da Mesa Diretora da Câmara, Leonardo Vasconcellos (MDB) informou ainda queixa que recebeu de que três escolas estariam sem canetas tipo ‘pilot’ para os professores utilizarem nas salas de aula. Outras obras em escolas também estão paralisadas, e algumas nem foram iniciadas, apesar de contratadas, caso da escola Ginda Bloch, onde a empreiteira chegou a colocar a placa em fevereiro deste ano, para empreitada de quase R$ 300 mil, e que abandonou.

 


Incompetência, descaso e arrogância

Desde o início do ano, O DIÁRIO vem publicando reclamações de pais de alunos da  escola Tiago de Medeiros, que teve sua reforma iniciada na semana seguinte ao início das aulas, em fevereiro deste ano e deveria estar entregue desde o mês de maio, conforme divulgação da própria prefeitura. Com a escola fechada para o atrasado "início das obras", de pintura e de ampliação, os alunos foram distribuídos em espaços precários e improvisados, parte deles na sede da associação de moradores que estava com a luz cortada, e outras turmas estudando numa igreja, de onde tinham que sair às pressas sempre que chegava um corpo para velório. Foram várias situações desse tipo, e em vários dias os pais de alunos eram informados, de véspera ou, às vezes, no mesmo dia, de que não haveria aula na igreja porque "teria velório". Publicada a matéria no jornal, a prefeitura cobrou a entrega da reforma das salas e os alunos voltaram ao prédio reformado, obra que não deveria durar mais de um mês se fosse feita em separado da construção das novas salas.
Em vez de resolver o problema que criou, ao ver publicada a matéria, a prefeitura entrou com ação na justiça contra o jornal, negando que a obra tivesse sido paralisada, e por falta de pagamento, como noticiado, chegando a afirmar que a obra não tinha parado por falta de pagamento, como o jornal informou, e sim “porque a empresa não tinha recebido".
Apesar da obra estar paralisada há vários meses, duas semanas atrás a prefeitura publicou em Diário Oficial aditivo ao contrato, repassando mais R$ 93.953,48 a Prad Service, empresa que tinha ganho concorrência para fazer a obra por R$ 315 mil, já custando a obra inacabada da reforma e ampliação da escola Tiago de Medeiros mais de R$ 400 mil.

 

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Edição 23/11/2024
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