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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Flamengo artilheiro vive jejum de gols de falta

Rubro-negro tem o ataque mais positivo do Brasileiro

Rafael Monteiro – Repórter da Rádio Nacional  Rio de Janeiro

Gols de cabeça, de bicicleta, bonito, feio, de pênalti, de fora da área, o repertório do Flamengo é grande em 2019. Dos 95 gols marcados na temporada teve um pouco de tudo, ou de quase tudo.

Cobranças de falta próximas à grande área geralmente deixam os torcedores de pé no estádio, mas no caso da equipe rubro-negra este momento não passou de expectativa. O clube contou com 3 treinadores neste ano (Abel Braga, Marcelo Salles, de forma interina, e o atual, o português Jorge Jesus), mas o gol de falta ainda não saiu.

A última oportunidade na qual o Flamengo balançou as redes com este fundamento foi no dia 10 de junho de 2018, na vitória de 2 a 0 sobre o Paraná pelo Campeonato Brasileiro. Diego cobrou, a bola bateu na barreira e enganou o goleiro Thiago Rodrigues. São 470 dias, ou 84 jogos oficiais, sem o torcedor ver a bola entrando através de batida direta de bola parada, excluindo penalidades.

“O Flamengo tem 4 bons batedores, Gabigol, Arrascaeta, Bruno Henrique e Éverton Ribeiro, mas talvez o treinador opte por uma jogada ensaiada na cobrança de falta. Não vemos muito, e pode ser por isso que não vemos acontecer este tipo de gol. Em geral, no futebol brasileiro saem poucos gols de falta. Não é mais como antes, quando cada time tinha um excelente batedor e um outro tão bom quanto aquele. Atualmente, raramente encontramos um grande batedor. A falta bem batida obriga o time a ter um especialista, e nem sempre o clube tem”, afirma o comentarista da Rádio Nacional Mário Silva.

Entre 2010 e 2019 a quantidade de gols de falta vêm minguando no Campeonato Brasileiro. Neste período, a edição de 2013 foi a que contou com o maior número de gols marcados desta forma, 46, média de 1,21 por rodada. Já 2016 foi o ano mais econômico, 17 gols de falta no total, 0,44 por rodada. Este ano, com 199 jogos disputados, dos 455 gols na competição, somente nove contaram com um batedor certeiro, o equivalente 1,97% do total.

“Bater falta é treinamento. Temos um exemplo não tão distante que é o Zico, que ficava uma, duas horas batendo falta. E quando não tinha goleiro, ele treinava com uma camisa pendurada na baliza”, diz Mário Silva.

Nesta segunda (23) teremos Avaí e São Paulo no Estádio da Ressacada a partir das 20h encerrando a 20ª rodada do Brasileiro. É uma esperança para aumentar a média de gols de falta na competição, que no momento é de 0,45 falta por rodada.

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Edição 23/11/2024
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