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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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IBGE: População de Teresópolis chega a 182.594 habitantes

Crescimento populacional é três vezes maior do que em Nova Friburgo e Petrópolis

Marcello Medeiros

Publicadas na edição desta quarta-feira (28) do Diário Oficial da União as estimativas de população segundo estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), números que mostram que Teresópolis continua registrando grande crescimento populacional – três vezes a mais do que os municípios vizinhos de Petrópolis e Nova Friburgo. Entre 2018 e 2019, a estimativa local passou de 180.886 para 182.594 pessoas, um acréscimo de 1.708 “novos teresopolitanos”. No mesmo período, a previsão de aumento em Petrópolis foi de 504 habitantes e outros 541 em Friburgo. Utilizando os dados do último Censo realizado pelo IBGE, em 2010, os números em comparação aos outros dois grandes municípios da Região Serrana do Rio de Janeiro também são motivo de preocupação para Teresópolis, visto que, como é até empiricamente perceptível, tal crescimento vem ocorrendo de forma desordenada e sem preocupação nenhuma com pontos como a mobilidade urbana. Segundo os dados do Instituto, nove anos atrás a população local era de 163.746 pessoas, ou seja, 18.848 a menos que a estimativa atual. Enquanto isso houve crescimento de 10.274 pessoas na terra de Pedro e 8.549 em Friburgo. Hoje, tais cidades possuem 306.191 e 190.631 habitantes, respectivamente. A estimativa é referente a 1º de Julho.
O grande crescimento populacional, de forma desordenada, tem gerado cada vez mais problemas em Teresópolis. De acordo com o Detran, já quase 103 mil veículos emplacados aqui, sem contar que estão em circulação outros milhares registrados em municípios diferentes. Apesar disso, as ruas e avenidas são as mesmas de décadas atrás. Por isso, conseguir um lugar para estacionar ou mesmo trafegar em alguns horários já é uma difícil missão.
Além do trânsito, as unidades hospitalares também são as mesmas de quando a população era muito menor do que a estimativa atual do IBGE. E, no sentido contrário, a precariedade da saúde é cada vez maior. Por isso, quem precisa de atendimento na porta de entrada do SUS em Teresópolis, a UPA, pode se preparar para esperar várias horas até ser analisado por um médico.
Caso a pessoa não consiga esperar tanto tempo pelo atendimento no pronto socorro ou por uma vaga para internação e acabar falecendo, mais um problema. O principal cemitério do município, o Caingá, também conhecido como Carlinda Berlim, não tem mais sepulturas disponíveis e o número de gavetas tem sido insuficiente. A construção de novos sepulcros desse tipo não tem acompanhado o número de mortes e, por diversas vezes, foi necessário adiantar o processo de liberação de jazigos e encaminhamento dos restos mortais para gavetas menores e construídas acima das maiores em várias quadras. Já houve casos de adiamento do horário do sepultamento para que acontecesse a liberação de uma gaveta.
Outro grave problema é o habitacional. Como muitos desses novos moradores são oriundos de outros municípios, buscando fugir da violência das grandes metrópoles, por exemplo, bairros populares têm tomado cada vez maior proporção e consequentemente registrado mais construções irregulares – mais um reflexo da ausência do poder público.
Faltam vagas em creches e escolas e, logicamente, emprego. Sem colocação no mercado formal, muitos têm buscado renda na informalidade e, no pior dos casos, na criminalidade. Só para se ter uma ideia do tamanho desse problema, somente no primeiro semestre de 2019 foram registradas 474 prisões. Outros números do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP) também chamam atenção. Somente entre janeiro e junho, foram 651 comunicações de furto, 61 casos de assalto e 335 apreensões de entorpecentes.

População brasileira
Estima-se que o Brasil tenha 210,1 milhões de habitantes e uma taxa de crescimento populacional de 0,79% ao ano, apresentando queda do crescimento quando comparado ao período 2017/2018, conforme a Projeção da População 2018. O município de São Paulo continua sendo o mais populoso do país, com 12,25 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,72 milhões de habitantes), Brasília (3,0 milhões) e Salvador (2,9 milhões). Juntos, os 17 municípios brasileiros com população superior a um milhão de pessoas somam 46,1 milhões de habitantes ou 21,9% da população do Brasil. Serra da Saudade (MG) é o município brasileiro com a menor população, 781 habitantes, seguido de Borá (SP), com 837 habitantes, e Araguainha (MT), com 935 habitantes.
No ranking dos estados, os três mais populosos estão na região Sudeste, enquanto os cinco menos populosos estão na região Norte. O maior deles é São Paulo, com 45,9 milhões de habitantes, concentrando 21,9% da população do país. Roraima é o estado menos populoso, com 605,8 mil habitantes (0,3% da população total).
As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. Esta divulgação anual obedece ao artigo 102 da Lei nº 8.443/1992 e à Lei complementar nº 143/2013.
As populações dos municípios foram estimadas por procedimento matemático e são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos munícipios. O método baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010) e ajustadas. As estimativas municipais também incorporam alterações de limites territoriais municipais ocorridas após 2010.

Concentração populacional
Em 2019, pouco mais da metade da população brasileira (57,4% ou 120,7 milhões de habitantes) se concentra em apenas 5,8% dos municípios (324 municípios), que são aqueles com mais de 100 mil habitantes. Já os 48 municípios com mais de 500 mil habitantes concentram quase 1/3 da população (31,7%, ou 66,5 milhões de  pessoas). Por outro lado, na maior parte dos municípios (68,2%, ou 3.670 municípios), com até 20 mil pessoas, residem apenas 15,2% da população do país (32,0 milhões de pessoas). Dos 17 municípios com população superior a um milhão de habitantes, 14 são capitais estaduais. Esses municípios concentram 21,9% da população do País. O município de São Paulo continua sendo o mais populoso do país, com 12,25 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,72 milhões), Brasília (3,0 milhões) e Salvador (2,9 milhões).

 

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Edição 23/11/2024
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