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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Despejo irregular de esgoto no Panorama

Moradores da Rua Professora Carmem Gomes reclamam de falta de fiscalização

Moradores da Rua Professora Carmem Gomes, no bairro do Panorama, entraram em contato com a redação do jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV para reclamar de um problema que, segundo eles, acontece há bastante tempo com a condescendência do governo municipal. De acordo com a reclamação, pessoa não identificada está despejando esgoto em via pública há meses e, mesmo com denúncias feitas aos órgãos competentes da gestão Claussen, nenhuma atitude foi tomada para acabar com o mau cheiro e risco de doenças geradas pela situação. Estivemos no local indicado, nas proximidades do número 460, verificando que um grande cano desemboca no que deveria ser uma calçada, mas que está abandonada por se tratar de um terreno vazio. Não é possível identificar a origem ou se o restante do condutor de esgoto, que poderia fazer conexão com o sistema de manilhas, por exemplo, foi quebrado ou retirado. A única certeza é que os dejetos estão sendo despejados onde não deveriam.
“Eu e demais moradores estamos correndo risco de pegar doenças devido ao vizinho jogar esgoto a céu aberto. Já tentei com a prefeitura e a Vigilância Sanitária, mas nada foi feito. Eu espero mesmo é uma providência da mesma. Esgoto assim a céu aberto põe em risco a saúde de todos da vizinhança. São poças de água parada o dia inteiro, água com mau cheiro de esgoto… Insuportável!”, denuncia Aline Alencar, uma das moradoras da Professora Carmem Gomes que entrou em contato com a reportagem.
O número de doenças relacionadas à falta de saneamento básico adequado é crescente, sendo o fator mais comum justamente o contato com esgoto a céu aberto, água poluída com urina, fezes humanas ou de animais, por bactérias ou vírus. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo aproximadamente 1,5 milhão de crianças menores de cinco anos acabam morrendo anualmente por causa da doença relacionadas à falta de esgotamento sanitário. 
No Brasil, mais de 100 milhões de brasileiros ainda não possuem serviços de coleta de esgoto e tratamento de água – como em Teresópolis, onde o Paquequer é o caminho de tudo isso – uma verdadeira ameaça para qualidade de vida da população. Na última quarta-feira entramos em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura para cobrar um posicionamento em relação à situação. Porém, não recebemos nenhuma resposta até o fechamento desta edição.

Pouco investimento no país
Todos os requisitos para ofertar à população um sistema de saneamento básico adequado são cumpridos por apenas 85 municípios brasileiros, de acordo com o Ranking da Universalização do Saneamento, divulgado esta semana pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes). Os municípios foram avaliados quanto à oferta de serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Em cada uma das cinco categorias, as cidades receberam uma nota que vai até 100. Aqueles que tiveram um desempenho, com a soma das notas acima de 489, ocuparam o topo do ranking e foram classificados como municípios Rumo à Universalização.  Na outra ponta, na base do ranking, estão aqueles que obtiveram nota abaixo de 200 e foram classificados como Primeiros Passos para a Universalização. Ao todo, 251 dos municípios avaliados ficaram nessa faixa.
Há mais duas classificações intermediárias, a de Empenho para Universalização, com notas entre 200 e 449,99, que concentra a maioria dos municípios avaliados, 1.308; e a de Compromisso com a Universalização, com 224 municípios que obtiveram notas entre 450 e 489.  “O grande ganho do saneamento não está em si próprio, está na redução das doenças de veiculação hídrica. Esse é o grande ganho que os governantes têm que entender para poder promover mais obras, mais serviços de saneamento”, diz o presidente da Abes, Roberval Tavares de Souza.  Ao todo, participaram do estudo 1.868 municípios, que são os que possuem os dados necessários para serem ranqueados. Os demais 3,7 mil municípios brasileiros sequer possuem essas informações – incluindo aí Teresópolis. 

 

 

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Edição 27/11/2024
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