Órgão de governo que tem a função de esclarecer os fatos envolvendo a administração, a assessoria de imprensa da prefeitura foi ontem às redes sociais para lançar mais dúvidas e mentiras com relação a fake-news que produziu na última sexta-feira. Justificando o alto preço pago pelos ovos adquiridos pela secretaria de Educação para complementar a merenda servida nas escolas pela contratada Bem Nutritiva, a assessoria do prefeito Vinicius publicou fake-news em Diário Oficial na última segunda-feira afirmando que os ovos seriam "caipiras orgânicos", mentira que o contrato assinado entre a municipalidade e um produtor rural já desmentiu. Os ovos comprados, 850 dúzias, são apenas "caipiras", que custam cerca de R$ 8 a dúzia, e não "caipiras orgânicos", que valem o dobro do preço e não são produzidos em Teresópolis.
Agora, em vez de ignorar o assunto evitando novo vexame para a administração municipal, a assessoria do prefeito retomou o assunto, vangloriando-se do apoio popular à boa merenda que estaria sendo servida nas escolas. E, para ilustrar o macisso apoiamento público, o prefeito cada dia menos aprovado nas ruas e nas redes sociais, entrevistou supostas funcionárias de creches, que enalteceram a qualidade da merenda. Suspeito, um dos perfís generosos com a administração, inclusive, tem apenas um amigo, o que é de se estranhar.
Na publicação lançada no início da tarde e até a noite não postada no Facebook, lugar onde a fake-news poderia ser desmentida, a secretária de Educação também enaltece a merenda, dizendo que "os alunos das escolas de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental recebem suco com biscoito ou mingau assim que chegam para estudar, e que são servidos de almoço, de acordo com um cardápio balanceado com proteínas, carboidratos, legumes e hortaliças. Nas creches municipais, também é servido um jantar”, diz. Quanto ao ovo, a secretária Rosana Mendes insiste na mentira do governo de iludir a população que existe o fornecimento de ovos orgânicos na merenda escolar. "Quando ao ovo, seja convencional ou caipira orgânico, o alimento costuma ser servido nas segundas-feiras. Isso acontece porque, ao chegar nas escolas e creches na segunda-feira, as merendeiras tiram as carnes do freezer e não há tempo de descongelar para preparar e servir no mesmo dia”, explica.
Personagem com apenas um amigo, como mostra o print, uma suposta funcionária de creche atesta a qualidade dos alimentos servidos. “Uma vez por semana tem ovo sim, mas nos outros dias tem carne, frango e fígado”, garantiu. Para comprovar o que relatou, ela postou a foto de vários pratos da merenda servida. Ela ainda justificou a quantidade dizendo que “tem pouca comida, pois são da turma do berçário, bebês com menos de um ano, e as crianças repetem à vontade”.
Fosse honesto com a informação, o governo não ilustraria a suposta aprovação da merenda com tão poucos e suspeitos aprovadores, já que servidores em cargos ou querendo um deles costumam não ser críticos sinceros de assunto algum envolvendo o patrão de ocasião. Bem ao contrário dos que reprovam a merenda escolar, onde o número é bem maior conforme comprovam as postagens sobre o assunto nas redes sociais nesta semana.