Anderson Duarte
Sem resposta! É assim que a imprensa teresopolitana tem ficado ao longo dos últimos meses depois que o setor de comunicação do governo Vinícius Claussen adotou a postura de ignorar todos os pedidos de informação encaminhados aquele departamento, que segundo o organograma da gestão, é atrelado à secretaria de Governo, apesar desta organização não sair do papel visto que o comando vem mesmo da inoperante pasta da Ciência e Tecnologia. Sem a atuação deste setor, importantes esclarecimentos deixam de chegar aos teresopolitanos, visto que a abrangência e capilaridade dos “veículos” próprios institucionais não se mostra suficiente para obedecer ao princípio balizador da administração pública da publicidade. Com um profissional à frente do setor que não conhece a cidade e muito menos a importância dos seus veículos de comunicação, o departamento segue prestando desserviço a população e sobrevivendo de notinhas de Facebook e notas oficiais para reverter e sua inabilidade própria para fornecer informações aos munícipes.
O procedimento de encaminhar pedidos de informações ao setor de comunicação é praxe nas redações, não importando quem está a frente do cargo, sendo uma necessidade em alguns casos para informar questões de saúde pública, de prestação de serviços, entre outros. Apenas como ilustração daquilo que não está sendo respondido pela assessoria do prefeito Vinícius Claussen temos diversas solicitações sobre a real arrecadação com a Contribuição sobre Iluminação Pública em nosso município, assunto de muito interesse após aumentos superiores a 300% registrados nos últimos meses, a informação com relação ao empenho do governo em defender eventos no Ginásio do Pedrão e suas contrapartidas exigidas com relação a cessão do espaço, entre algumas outras.
De início, o jornalista Rolf Danziger foi anunciado como o responsável pelo setor, entretanto, logo ao assumir o mandato, um empresário da cidade de Vitória, no Espírito Santo, apareceu como subsecretário da pasta. Estranhamente, Rolf é um secretário interino da Ciência e Tecnologia, sem que ocupe outro cargo de forma plena, ou seja, normalmente essa interinidade se dá por outro titular em outra pasta enquanto não se define um nome, mas a desabitada e desmontada pasta da Ciência e Tecnologia, tradicionalmente desde que criada usada para abrigar compromissos políticos e partidários, parece estar sendo usada com este mesmo fim. Um ilustre desconhecido hoje seria o responsável pelas negativas de respostas e por certas medidas completamente contrárias ao princípio de atuação de uma assessoria pública.
Uma assessoria de comunicação não tem o direito de exigir respostas dos veículos oficiais de imprensa, ela tem o dever de fornecer informações fidedignas e que levem aos cidadãos todas as respostas necessárias em assuntos de interesse público. Entre outros assuntos importantes esquecidos nas gavetas do setor estão as informações com relação a localização de todas as impressoras alugadas em contratos questionados pela população, as obras atrasadas por falta de pagamento em escolas municipais.