A imagem de três funcionários do SPA do bairro de São Pedro realizando um atendimento a uma vítima de mal estar na Praça central do bairro com uma das macas da unidade em plena rua, nestes últimos dias percorreu quase todos os grupos de WhatsApp e perfis sociais em nossa cidade e acabou por gerar muita polêmica. Onde estão as ambulâncias? Como pode tanta precariedade de atendimento? Onde estão os recursos que não faltavam, apenas a gestão? De tudo se ouviu com relação a imagem, mas pouco se procurou saber sobre o real motivo do atendimento. Desde críticas a calçada esburacada que não deixou a maca passar por ela, forçando os servidores a passarem pelo meio da rua, até a improvisação do ato com relação a necessidade de atendimento, praticamente de tudo se ouviu falar, inclusive que os funcionários estariam transferindo o paciente para a UPA, daquele jeito mesmo, pela rua. Absurdos a parte, exageros e colocações políticas e partidárias afastadas, nossa reportagem fez o que há mais de trinta anos faz para a população de Teresópolis, independente de quem esteja sentado na cadeira de prefeito, ou seja, buscar a verdade dos fatos e defender o interesse do teresopolitano.
Basicamente, o que se tem discutido hoje com relação as Fake News tem sido o objetivo delas, ou seja, em grande parte dos casos de se divulgar fatos inverídicos ou destorcidos como forma de legitimar um ponto de vista ou prejudicar uma pessoa ou grupo, em sua maioria figuras públicas ou políticas. Como possuem grande apelo viral, isto é, espalham-se com muita velocidade, essas informações apelam para o emocional do leitor, fazendo com que as pessoas consumam o material “noticioso” sem confirmar se é verdade seu conteúdo. Um exemplo claro desse apelo foi a foto que ilustra essa reportagem. Como a população anda tão fragilizada com o estado de conservação das ruas, como são tantos os casos de ausência de ações da prefeitura em muitos bairros, sem contar o próprio atendimento precário da Saúde em nosso município, o pior tende sempre a despontar. Respondendo a nosso questionamento, o Prefeito Vinicius Claussen emitiu uma explicação sobre o caso e lamentou o teor de muitas críticas, que segundo ele atingiram principalmente os servidores em questão.
“Para agilizar o atendimento a um homem que passou mal, profissionais de saúde do Serviço de Pronto Atendimento Eitel Abdallah, que fica ao lado do Tiro de Guerra, no bairro de São Pedro, tomaram uma atitude humanitária: pegaram uma maca e levaram o homem para a unidade de saúde, que fica a poucos metros do local do incidente. Do posto, onde recebeu o atendimento emergencial, tendo o seu quadro estabilizado, o paciente foi prontamente transferido para a UPA de ambulância. Vale lembrar que o resgate de pacientes em ocorrências em vias públicas é função do Corpo de Bombeiros. A atitude dos profissionais de saúde do posto é digna de aplausos. Graças ao pronto atendimento nesse caso, uma vida foi salva. Em nenhum momento, o ato evidencia falta de infraestrutura. Os profissionais de saúde em questão poderiam ter esperado a chegada da ambulância mas optaram por levar o paciente de maca devido à curta distância do posto. A Prefeitura de Teresópolis se orgulha dos profissionais da Unidade de Saúde Eitel Abdallah que não pensaram duas vezes na hora de salvar uma vida”, diz o prefeito Vinicius Claussen.
A falta de tolerância da população tem sido percebida a cada uma de nossas publicações com relação ao trabalho do quadro Diário Comunidade, que acompanha diariamente a situação estrutural dos bairros e mostra aos leitores como anda o trabalho do poder público na manutenção da qualidade de vida do cidadão teresopolitano. Justamente por acompanhar esse bem estar que é de responsabilidade do Estado, nosso quadro encontra grau de descontentamento elevado em grande parte das visitas aos bairros. Muitos buracos, pouca ou quase nenhuma resposta quando esses cidadãos buscam esclarecimentos junto aos órgãos devidos, é claro, diversos casos de comparação com relação a gestões anteriores. Aliás, a comparação é fruto da expectativa gerada com a chegada do novo governo, que efetivamente representava esse novo. Passados quase sete meses, muitas novidades por certo vieram, entretanto, velhos e constantes problemas permaneceram, elevando também o nível de cobrança do cidadão. Ainda temos comunidades desassistidas pela gestão públicas, ruas completamente desprovidas de manutenção, limpeza pública deficitária e velhos fantasmas pairando pelos ombros dos teresopolitanos, que seguem se apoiando no trabalho de fiscalização e acompanhamento cidadão prestado pelo Grupo Diário.