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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Madrugada de furtos e vandalismo em Teresópolis

Ladrão leva dezenas de hidrômetros na Várzea e Parque São Luiz. Imagens de câmeras podem ajudar na identificação

Comerciantes e moradores dos bairros da Várzea e Parque São Luiz tiveram grande prejuízo na madrugada desta quinta-feira (10). Dezenas de hidrômetros foram furtados em estabelecimentos comerciais e residências, crimes que aconteceram por volta das 3h segundo imagens dos circuitos de segurança de alguns locais atacados. Tais registros, aliás, podem auxiliar a polícia na identificação do ladrão, um homem utilizando bermuda, chinelo e camiseta, além de um boné para tentar dificultar a sua caracterização, identificado em pelo menos dois das dezenas de casos. Os ataques só foram percebidos pela manhã, quando as vítimas encontraram água jorrando no portão ou chegaram abrir suas lojas.
Na Várzea, foram registrados furtos na Avenida Lúcio Meira, Avenida Delfim Moreira e Rua Olegário Bernardes. No Parque São Luiz, o ladrão agiu na principal via, a Padre Tintório, próximo da Matriz de Santa Teresa, e outras ruas. Em um dos casos nesse bairro, o bandido arrancou o equipamento e abandonou próximo do local, provavelmente por perceber a presença de alguém ou mesmo de alguma viatura da polícia.
O objetivo nesse tipo de furto é vender os hidrômetros, que têm em boa parte da sua composição o cobre, para empresas de reciclagem – que pagam no máximo R$ 3 cada um. Enquanto isso, quem foi atacado pelo ladrão tem que desembolsar entre R$ 120 e R$ 150, comprando um novo aparelho e possivelmente canos e junções para que o sistema de medição de consumo de água seja reestabelecido pela CEDAE.
Funcionários da Companhia Estadual de Águas e Esgotos em Teresópolis relataram ao jornal O DIÁRIO que, nestes casos, a responsabilidade é dos proprietários, que “devem manter os hidrômetros em locais visíveis para a medição, mas trancando as portinholas para evitar casos do tipo”. Ainda segundo a CEDAE, as vítimas devem registrar o caso na 110ª Delegacia de Polícia e abrir pedido de atendimento para reinstalação do sistema, que deve ser comprado pela própria pessoa. É preciso apresentar a nota fiscal para a realização do serviço, evitando assim que se crie um mercado de furtos e comércio de hidrômetros de forma ilegal. Até que seja colocado um novo medidor, é realizada uma ligação direta para evitar que o cliente fique sem água e que o precioso e cada vez mais caro líquido fique jorrando em via pública.

Receptadores são os grandes culpados
Algumas pessoas fingem desconhecer o ato criminoso de comprar produtos de procedência duvidosa, então é importante lembrar que essa prática é tipificada no Código Penal Brasileiro como receptação e pode render até três anos de cadeia, mesma punição prevista para aqueles que praticam o furto. Além disso, lembra a polícia, comprar produtos de origem desconhecida é um incentivo à bandidagem, que, posteriormente, pode invadir a residência da própria pessoa que comprou tais objetos para continuar o ciclo criminoso. Além dos hidrômetros levados na madrugada de ontem, televisões, celulares, computadores, tablets, bicicletas… De tudo um pouco vai parar na mão dos bandidos, que os comercializam a preços muito abaixo do mercado ou trocam por entorpecentes, por exemplo. E quem acha que está fazendo um grande negócio comprando uma televisão de R$ 1.500 por R$ 300, por exemplo, na verdade está correndo o risco de terminar na cadeia, conforme previsto no artigo 180 do Código Penal.
“O crime de receptação é um crime continuado, então tem flagrante prolongado por todo o período que estiver de posse do produto adquirido de alguma forma e mesmo quando alegam que foi recebido como presente. É fácil saber se foi obtido de forma ilícita, quando está com o preço muito abaixo do mercado, quando a pessoa não apresenta nota fiscal. Até para presente, é comum entregar a nota para o caso de garantia. Outro ponto interessante é ressaltar que os celulares e outros eletrônicos hoje em dia são todos rastreados, então a polícia judiciaria tem capacidade fazer rastreamento e essa pessoa ser presa a qualquer momento. Então, que evitem comprar sem saber a origem do produto”, explicou recentemente a Major Renata, do 30º BPM, em reportagem justamente sobre o aumento do número de furtos e roubos. 

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Edição 29/11/2024
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