Luiz Bandeira
O programa Linha Verde, uma importante ferramenta para atender denúncias de crimes ambientais no estado do Rio de Janeiro, recebeu este ano, até a última terça-feira, 17, 106 denúncias de delitos em Teresópolis. Petrópolis é o município do interior com maior número de denúncias com 401 registros, ficando atrás apenas de cidades da região metropolitana e da capital. Comparando com nossos vizinhos, o teresopolitano denuncia quase quatro vezes menos que o petropolitano e acaba aceitando, mais passivamente, crimes relacionados à construção irregular, maus tratos contra animais, guarda ou comércio de animais silvestres, caça ilegal, poluição do ar e de água, desvio de curso de rios, captação clandestina de água, queimadas, movimentação irregular de solo, loteamento irregular, lixo acumulado, despejo de esgoto clandestino, contaminação do solo, entre outros tipos de crime ambientais. Vale destacar que a 5ª Unidade de Policiamento Ambiental está baseada em Teresópolis, no Parque Ermitage, ou seja, um crime cometido aqui, pela proximidade, tem mais possibilidade de resposta da autoridade policial.
A última atuação da UPAm para coibir um crime ambiental aconteceu dia 13, quando os militares foram acionados para verificar denúncia sobre o corte de diversas árvores no bairro Posse. Segundo os agentes, assim que chegaram à Estrada da Ancora, constataram uma área com cerca de 10 metros quadrados onde havia indícios de desmatamento e corte de árvores. Um parente do proprietário do imóvel de onde foi cortada a vegetação, quando questionado acerca das licenças ambientais necessárias para a realização da atividade, informou desconhecer. Por conta do fato e com base na lei de crimes ambientais, os agentes procederam à 110ª DP, onde a ocorrência foi registrada.
No último dia 30 de junho, os policiais foram verificar uma denúncia sobre guarda de animais silvestres em cativeiro. Na Servidão Pastor Berlamino Teixeira Martins, no Parque São Luiz, encontraram diversas aves exóticas, além de dois papagaios, considerados animais silvestres. Como eles estavam sem as anilhas de identificação, o responsável foi questionado sobre as autorizações necessárias para mantê-los em cativeiro e informou não as possuir. Os policiais registraram a ocorrência na 110ª DP com base no artigo 29 da lei de crimes ambientais.
Importância das denúncias
Danos ao ambiente e aos animais precisam ser denunciados para preservar espécies e pelo bem estar de todos nós e assim manteremos preciosos recursos naturais como a água, por exemplo, constantemente agredida por pessoas que confiam na impunidade. No dia 24 de junho agentes da 5ª UPAm interromperam uma atividade potencialmente poluidora de um lava-jato, onde óleo dos veículos e outros produtos químicos vinha poluindo e contribuindo para a contaminação do lençol freático, às margens da rodovia RJ-130. Os militares subordinados ao Comando de Polícia Ambiental procederam ao bairro Albuquerque, onde no local denunciado foram recebidos pelo proprietário do estabelecimento. Ao realizadas vistorias no local foram identificados mil metros quadrados de área degradada. “Quando questionado a respeito das licenças ambientais pertinentes para aquela atividade, o mesmo informou não possuir nenhuma autorização, sendo conduzido à delegacia, onde a ocorrência foi registrada”, divulgou a UPAm.
Os contatos
O Linha Verde atende pelos telefones 0300 253 1177 (custo de ligação local) e (21) 2253-1177, além do APP "Disque Denúncia RJ" disponível para celulares. Por essa modalidade, o denunciante pode enviar fotos e vídeos, com a garantia do anonimato. É possível denunciar também através da página do Linha Verde no facebook, www.facebook.com/linhaverdedd ou ainda pelo site do Disque Denúncia (www.disquedenuncia.org.br). Lembrando que em todos os canais, o anonimato é garantido ao denunciante.