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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Marquise desaba e fere dois na Tenente Luiz Meirelles

Pedestre e funcionário de firma que trabalhava no local ficaram machucados

Marcello Medeiros

Dois homens ficaram feridos após o desabamento da marquise de um antigo empreendimento nas proximidades do número 600 da Rua Tenente Luiz Meirelles, na Várzea. Uma grande estrutura de metal construída para a instalação de um novo letreiro cedeu em conjunto com a laje da cobertura da calçada. As três vigas que seguravam a marquise não suportaram o peso e projetaram a antiga estrutura e tudo que estava sendo instalado com novo material na direção da passagem de pedestres. Ficaram feridos um homem que havia acabado de sair de uma academia que funciona justamente nesse local e outro que trabalhava na sinalização do novo estabelecimento, que tem previsão de inauguração na próxima semana.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por populares e prestou atendimento aos feridos, encaminhados em seguida para o pronto socorro do Hospital Costantino Otaviano (HCTCO). Segundo apurado no local, o que sofreu mais as consequências do inesperado desabamento foi o pedestre que passava embaixo da estrutura na hora do acidente. O trânsito ficou em meia pista para o atendimento médico, com orientação de agente da Guarda Municipal. A situação atraiu muitos olhares curiosos, deixando a passagem de veículos ainda mais lenta na movimentada avenida que garante acesso de bairros como São Pedro e Meudon.
Equipe da secretaria municipal de Defesa Civil chegou logo em seguida para analisar os riscos de novos problemas. O prédio em questão tem aproximadamente 50 anos e já recebeu desde sede de escola de samba – a Bambas da Serra – a casa de festas, sendo atualmente utilizada por uma academia. Na parte de baixo, uma loja de tecidos deve ser inaugurada em breve.
Mesmo sem a liberação de um laudo técnico sobre as causas do acidente, olhando o que sobrou das vigas e o que foi parar no chão é fácil compreender a gravidade e o que pode ter gerado o problema. Tudo indica que a pequena laje construída para servir como marquise, que parou inteira no chão, surgiu posteriormente ao galpão e consequentemente não foi amarrada de forma adequada. Dessa forma, a corrosão gerada pelos anos de intempéries e o sobrepeso atual podem ter contribuído com o desabamento. O detalhe é que além do letreiro havia um telhado acima da mesma estrutura. 

Grandes letreiros, possíveis problemas
Nos últimos anos, antigos prédios e estabelecimentos comerciais passaram a receber um novo tipo de identificação visual, com a instalação de enormes letreiros com estrutura em metal escondendo a marquise e estruturas ligadas a elas, como vigas e colunas. As novas fachadas ajudam na propaganda das lojas, cumprem bem seu papel comercial, mas podem dificultar na identificação de graves problemas estruturais – como é o caso do empreendimento da Tenente Luiz Meirelles.
Em outras avenidas onde estão prédios ou lojas construídas há quatro, cinco ou até seis décadas atrás, como Lúcio Meira, Delfim Moreira e Feliciano Sodré, é comum hoje encontrar a aparência de uma cidade moderna, com muitas cores e iluminação chamativa, mas que, no fundo, são as mesmas estruturas projetadas muitos anos atrás. A dificuldade de fiscalização, às vezes até por falta de pessoal no governo municipal para essa função, acaba contribuindo para ampliar os riscos desses problemas escondidos pela modernidade.

 

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Edição 23/11/2024
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