Marcello Medeiros
Lucas Nogueira da Rosa, de apenas 16 anos, entrou para a estatística de mortes de forma violenta em Teresópolis. Ele foi assassinado com quatro tiros em na localidade de Bonsucesso, no Terceiro Distrito. O homicídio aconteceu na residência onde ele morava e, segundo apurado no local, na frente da sua mãe. O apontado autor do crime teria fugido em um carro de cor preta. Também de acordo com informações colhidas na região conhecida como “Pantanal”, o criminoso atirou uma vez contra Lucas, que, mesmo ferido, tentou correr. Em seguida, foram feitos mais três disparos contra ele.
O Corpo de Bombeiros, que mantém Destacamento a poucos quilômetros do local, às margens da RJ-130, foi acionado. Porém, não houve sequer tempo para atendimento médico. As polícias Militar e Civil também estiveram na residência, apurando informações sobre o crime e analisando a cena trágica. A perícia foi realizada por técnico do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), a cargo da Polícia Civil.
Após o rito legal, o corpo de Lucas foi liberado para ser necropsiado no Instituto Médico Legal, que funciona no antigo prédio da 110ª Delegacia de Polícia, na Avenida Alberto Torres, e posteriormente para sepultamento. O assassinato aconteceu no início da noite de terça-feira e o motivo da execução está sendo investigado.
Segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, entre janeiro e outubro deste ano foram registrados 14 homicídios em Teresópolis, além de outras 34 tentativas de assassinato. Desses números, alguns casos em localidades do Segundo e Terceiro Distrito do município, o que tem feito o 30º BPM aumentar o investimento em patrulhamento e investigação para evitar a escalada da violência na cada vez mais populosa zona rural.
Amigos se despedem
Através de redes sociais, amigos e familiares se despediram de Lucas, sepultado ontem no cemitério de Bonsucesso. “Me lembro como se fosse ontem mano, eu e você na escola com as nossas brincadeiras. Mesmo eu estando longe de você, sempre me chamava para sair, você é um irmão de outra mãe e sempre vai ser”, publicou David S. “Não dá para acreditar até agora a crueldade que fizeram você. Hoje mesmo estávamos conversando. Só Deus sabe quanto meu coração está partido. Nunca vou me esquecer do teu sorriso, das tuas palhaçadas , queria ter vivido mais momentos com você irmão”, comentou outro amigo do rapaz.
