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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Vereador Raimundo Amorim quer mais prioridade para a saúde pública

Médico enaltece engajamento da nova composição da Câmara, mas lamenta que Executivo não esteja utilizando esse instrumento de gestão

Anderson Duarte

A série de entrevistas com os vereadores que assumiram o cargo recentemente em decorrência da prisão de seis componentes originais da Casa Legislativa chega nesta segunda-feira, 11, a figura do experiente político e médico Raimundo Amorim, MDB. Muito enfático nas cobranças por mais prioridade nas escolhas da gestão Vinicius Claussen, o edil também falou do relacionamento entre seus pares de plenário e como a falta de diálogo promovida pelo Executivo pode prejudicar o processo de recuperação da cidade. Dr. Amorim recebeu 1050 votos e conquistou a suplência pela segunda vez consecutiva, depois de cumprir mandatos na Casa Legislativa, o político espera nesta volta ao plenário ter a oportunidade de colocar em prática projetos na área da saúde, educação e geração de emprego e renda. Para o edil, não há possibilidade de se promover mudanças reais na cidade sem que os poderes estejam em harmonia e comunicação.
Conhecido por apresentar muitos projetos na área da saúde, o médico Raimundo Amorim também tem entre suas conquistas políticas a luta por uma rede de atendimento básico mais abrangente, mas reconhece que hoje, bem diferente da ultima passagem sua pelo Legislativo, vivemos a maior crise institucional do setor. “É preciso que o nosso governo gaste melhor cada centavo que é utilizado no SUS, que é um direito universal do cidadão brasileiro. A prioridade tem que ser sempre tratar a saúde pública com gestão de qualidade, sem desperdício e com o serviço sendo prestado com zelo. O SUS é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo e todos nós sabemos como é difícil, afinal os problemas de saúde possuem contornos próprios e a ação governamental para a elaboração de políticas públicas de saúde pode ser construída a partir da contribuição de diversos atores para a tomada de decisão. Não tenho dúvidas de que os vereadores precisam participar deste processo. Quando faço uma colocação que possa ser encarada como crítica, é preciso que o governo entenda como uma contribuição. Ninguém quer o pior para a cidade, pelo contrário”, explica Amorim.
De acordo com Amorim, o financiamento adequado do SUS, a qualificação dos profissionais de acordo com as necessidades da população e uma gestão mais ágil estão entre as prioridades do município para poder reverter esse processo de deterioração do serviço público. “São sou eu quem está dizendo que a qualidade dos serviços públicos em saúde em nossa cidade estão muito distante do exigido por Lei, é a própria população quem exige mudanças. Essas reivindicações em relação à saúde e como ela está sendo tratada em Teresópolis foi o que mais ouvi nesta minha volta ao Legislativo e continuara sendo minha principal bandeira. A necessidade de formação dos nossos profissionais, por exemplo, que poderia ser nossa prioridade hoje, mas acabou se distanciando do SUS e das necessidades de saúde da população, acabou sendo engolida por tanto problema básico como falta de esparadrapo na UPA e dipirona nos postos. É preciso investir na atenção básica por meio da consolidação do Programa Saúde da Família e de programas de prevenção com a promoção da atividade física, da alimentação saudável e do combate ao tabagismo para diminuir a migração dos pacientes para unidades de média e alta complexidade. Essas sempre foram minhas bandeiras”, lamenta Amorim.
Segundo Amorim, o município vive uma “crise profunda” e a superação deste momento tão difícil, vai envolver necessariamente a participação de várias áreas, inclusive a própria Câmara. “Hoje, o quadro apresentado a administração pública é de uma crise ainda pior e mais profunda que em épocas também severas, sendo assim, o governo Claussen sozinho não vai conseguir superar essa crise, é preciso o envolvimento da sociedade civil, demais poderes e União. Mas, nós, que estamos diante da população diariamente e ouvimos muitos lamentos e sugestões, precisamos ser ouvidos também. Hoje, esse diálogo não acontece, o que é muito ruim. Assim como precisamos preparar melhor o gestor na saúde, para que, com o dinheiro que tem, se faça o máximo que puder, em todas as demais áreas esse esforço precisa estar presente. A nossa administração pública não se modernizou ao longo desses anos para quase todas as questões e fundamentalmente para a saúde, mas isso precisa mudar, e de forma urgente”, finaliza.

 

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Edição 01/05/2024
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