Anderson Duarte
Mais uma vez a cidade de Teresópolis terá um elevado número de candidatos a deputado federal e estadual que possuem domicilio eleitoral em nosso município. São vinte ao todo, sendo doze na esfera nacional e oito na disputa pelo parlamento fluminense. Entre os candidatos políticos experientes e que tentam por mais uma vez alcançar o eleitorado teresopolitano e outras novidades absolutas, inclusive debutes no processo eleitoral. A antiga celeuma entre votar em candidatos da terra, ou não, continua em debate pelas redes sociais e acirra ainda mais a disputa entre os eleitores teresopolitanos. O último parlamentar com domicílio em nossa cidade a ocupar o cargo com a conquista nas urnas foi o ex-deputado estadual Nilton Salomão, e esse interstício de tempo sem uma representação doméstica está reascendendo a discussão pela valorização das candidaturas locais.
Para a Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro, destaque para o ex-prefeito Mário Tricano, do PP, cuja trajetória política não carece de maiores detalhamentos e que em virtude do término de seu prazo de inelegibilidade pela aplicação da Lei da Ficha Limpa, se coloca como pleiteante. Outro candidato muito conhecido do eleitor teresopolitano é Walmir Faria, do PSB, que volta ao cenário eleitoral como candidato a deputado estadual. Mesmo caso do militar Subtenente Luiz, do PDT, que depois de ser candidato a vice-prefeito no último pleito suplementar em nosso município se coloca a disposição da população como candidato a uma cadeira na ALERJ. E quatro nomes menos recorrentes nos cenários eleitorais recentes em nosso município. Enéas Pinheiro, do PR, Alexandre Lima do PMB, Carol Quintanilha do PSOL e Vera Almada, do DEM.
Para a Câmara dos Deputados são mais candidatos, ao todo doze, e também políticos com mais experiência de voto e também que já ocuparam ou ocupam mandatos. Como é o caso do ex-deputado estadual Nilton Salomão, que pelo PSB, agora tenta uma vaga no parlamento nacional em Brasília. Também ex-deputado e recentemente candidato a prefeito de Teresópolis, Carlos Dias, do DEM, volta ao cenário eleitoral como pleiteante a uma das cadeiras de nosso Congresso. Vereador eleito e ex-presidente da Mesa Diretora, Maurício Lopes, do PHS, também quer representar a cidade e o estado do Rio em Brasília, assim como o também conhecido do universo eleitoral teresopolitano, Rodrigo Consenza, do PSOL, que já experimentou as eleições para prefeito e também deputado em pleitos anteriores. Ex-secretário do governo do pepista Mario Tricano, o advogado Nilton Canto, do PSDC, também quer ser representante da cidade no Congresso. Em seguida, sete novos nomes para a escolha dos eleitores teresopolitanos, Pedro Werneck, do PSL, Leonardo Sultani, do NOVO, Wander, do partido Podemos,
Jorge Turolla, do PMB, Marcio Andrade, do SD, Cassia Pacheco do PSB e Cláudia Veríssimo, PRP.
O TRE recebeu 3.470 pedidos de registro de candidatura para 2018. Foram apresentados doze pedidos de registro de candidaturas para governador, além de quinze para senador, cargo que o eleitor fluminense terá de escolher duas opções. São 1.095 para deputado federal e outros 2.306 para deputado estadual, em números que novamente superam o pleito anterior. O prazo para os partidos políticos darem entrada nos pedidos de candidatura se encerrou na última quarta-feira, 15, no entanto, o candidato escolhido em convenção que porventura não teve o registro apresentado por sua agremiação poderá requerê-lo diretamente ao TRE. O prazo é de dois dias, contados a partir da publicação do edital com a lista de todos os pedidos. Os registros de candidatura, após serem submetidos à Justiça Eleitoral, podem ser impugnados, ou seja, contestados, por candidato, partido político, coligação ou Ministério Público, no prazo de cinco dias a partir da publicação de edital com a lista de todos os pedidos realizados pelas agremiações. O eleitor pode, nesse mesmo prazo, apresentar notícia de inelegibilidade. De acordo com o calendário eleitoral, todos os pedidos de registro de candidatos, inclusive os impugnados, devem ser julgados até 17 de setembro pelo TRE.
A situação de cada registro pode ser acompanhada pelo Sistema DivulgaCandContas, cujos dados são atualizados três vezes ao dia ou pelo Processo Judicial Eletrônico, em Consulta Processual, sendo que para fazer essa consulta, é preciso digitar o número do processo de registro, disponível na página de cada candidato no DivulgaCandContas. Recém empossada no Tribunal, a Ministra Rosa Weber, já disse que vai obedecer os prazos e que independente da vontade e anseio da opinião pública, vai obedecer aos ritos processuais. “Eu sempre digo que o direito tem o seu tempo, tem ritos, fórmulas. No caso de qualquer dos candidatos que venha a encaminhar seu pedido de registro nós vamos observar estritamente os termos da lei. A lei prevê prazos, e esse vai ser o nosso caminho”, disse.
A partir das estatísticas divulgadas pelo TSE com relação ao último pleito, é possível afirmar que Teresópolis não chegou a eleger um candidato da cidade, mas ajudou na eleição de muitos mandatários. Dos dez mais votados em nosso município, todos foram eleitos. São eles: Hugo Leal que alcançou 6394 votos, Leonardo Picciani, com 5970 votos em Teresópolis, Jair Bolsonaro, candidato a Presidência da República, que alcançou 4241 votos de teresopolitanos, Clarissa Garotinho, com 3119 votos, Eduardo Cunha, com 2831, Jorge Bittar, com 2438, Marco Antonio Cabral, filho de Sergio Cabral, ex-governador e hoje preso por corrupção, que recebeu 2385 votos dos eleitores de Teresópolis, Marcelo Matos, com 2359, Simão Sessim, com 1886 eleitores conquistados e Rosangela Gomes, com 1613 eleitores a apoiando. Todos foram eleitos para o Congresso Nacional naquele pleito.
Já no cenário eleitoral fluminense, quatro dos mais votados na cidade conseguiram alcançar êxito nas urnas e ocuparam mandatos públicos. Na ordem dos mais votados no município foram os seguintes candidatos: Nilton Salomão, com 16161 votos conquistados, entretanto não suficientes para a conquista da vaga, Nilton DaPonte, com 8.086 votos, também insuficientes para sua eleição, Jorge Picciani, hoje preso no Rio de Janeiro, que conquistou 4.407 eleitores teresopolitanos e uma vaga na Alerj, o também deputado e ex-secretário de Cabral e Pezão, André Correa, que levou 4.183 votos naquele ano, Wanderley Peres, com 3.004, que não foram suficientes para sua eleição, Cristino Áureo, com 2.327 votos e a eleição, Soninha com 2.270 votos, Marcelo Freixo, que levou 1858 de Teresópolis e também sua reeleição, Zan com 1.529 votos e Rita Helena com 1.493 eleitores teresopolitanos conquistados.
* Após a publicação o candidato Ricardo Arbex entrou em contato com a nossa redação e pediu para incluir seu nome como candidato local. O político é candidato também a Deputado Estadual pelo Partido Novo.