O secretário estadual de Defesa Civil, coronel Leandro Monteiro, afirmou que há necessidade de que os aprovados em concursos públicos do Corpo de Bombeiros Militares do Estado (CBMERJ) entre os anos de 2012 e 2015 realizem imediatamente o curso de formação para ingressar na instituição, diante do déficit de servidores na corporação. A declaração foi dada em audiência pública virtual, realizada nesta quinta-feira, 12, pela Comissão de Servidores Públicos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). “Temos hoje um grande déficit de homens na corporação. Em viaturas que deveriam ter um efetivo de nove militares, estamos utilizando apenas dois. Temos necessidade imediata de que esses concursados aprovados façam o curso de formação”, destacou o coronel.Sobre a queixa de irregularidades na convocação dos aprovados no certame, após a publicação no Diário Oficial do Estado dos nomes de 300 aprovados, o secretário ressaltou que as convocações estão sendo feitas com muito cuidado. “Por conta de fraudes nos concursos de 2000 e 2002, sete oficiais foram excluídos da corporação, com perda de patente. Não foi respeitada a ordem de chamada e nomes de pessoas que não prestaram concurso foram publicados no Diário Oficial. Temos muita preocupação, é um tema muito sensível. Faremos o chamamento com muita transparência para não respondermos a algum processo no futuro”, pontuou Monteiro.
Presidente da comissão, o deputado Rodrigo Amorim (PSL) destacou a necessidade de um processo de convocação que respeite os limites legais. "Aqui nós discutimos muito, mas na hora da publicação oficial é o CPF do secretário e do governador que estão vinculados a esse ato. Nosso intuito é em defesa dos aprovados nos concursos, mas com salvaguarda jurídica. A comissão está ao lado da corporação para ajudar nas tomadas de decisão", frisou o parlamentar.
Representando os aprovados no concurso para técnicos de enfermagem, realizado em 2014, Wellington Campos demonstrou satisfação com a oportunidade de dialogar em audiência pública, mas pediu seriedade nas convocações. "É um momento especial para todos nós. Nunca tivemos oportunidade de apresentar sentimentos e palavras. Temos registros dos nomes e notas do concurso público. Não podemos assumir a responsabilidade de um possível erro administrativo e ficar de fora das convocações", salientou.