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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Petto diz que missão de Vinicius é difícil, mas não impossível

Segundo o político, apesar de tanto desinteresse do eleitorado, é preciso um engajamento da sociedade em prol de um governo de verdade na cidade

Anderson Duarte

Foram 8764 votos conquistados em uma eleição que para ele teve apenas dois dias de campanha com segurança. Sua condição de candidato em questionamento na justiça eleitoral transformou o ex-prefeito Roberto Petto em dúvida para grande parte do eleitor. Assim, entre o pode e o não pode, Petto contou apenas com dois dias de campanha na condição de deferido nas urnas.  O prejuízo não pode ser superado pós-decisão do TRE, mas o resultado do pleito não desapontou o político, que fala em equilíbrio e desestimulo da população durante o processo eleitoral, mas também em uma clara mensagem do teresopolitano para a classe política. Com a experiência de ter administrado o município em pelo menos duas oportunidades e ter sido o último prefeito dos últimos anos a conseguir terminar o mandato, Petto se colocou a disposição do prefeito eleito para qualquer contribuição cidadã.
Em entrevista ao Jornal Diário na TV, como uma prestação de contas para o número expressivo de eleitores que conquistou no último dia 3, o médico e bacharel em Direito confirmou que é mesmo um momento de muita reflexão para o teresopolitano, mas vê o baixo comparecimento nas urnas como uma espécie de antecipação do pleito de outubro. “É mesmo uma chance da população refletir, sobretudo a classe política. A resposta dada pelo eleitor é uma clara resposta ao modelo que se instituiu por aqui nos últimos anos. A população escolheu a mudança, e sei que se tivéssemos um pouco mais de tempo, poderíamos ser essa escolha, já que também ouvimos da população que nossa experiência de gestão era necessária. Ainda assim, acredito que precisamos do engajamento da sociedade em prol de um governo de verdade na cidade. Foi muito significativa a ausência, mas quem não escolheu o Vinicius também tem responsabilidade de fiscalizar, participar e contribuir para uma cidade próspera como queremos”, explica Petto.
A vasta experiência na gestão pública, onde não só atuou como Chefe do Executivo, mas também comandou importantes setores e empresas da área de saúde, fez de Petto, uma das opções mais qualificadas do pleito. Sua história de vida e sua condução na vida pública o referenciaram a pleitear a volta ao comandar a cidade, sendo inclusive, considerada por muitos especialistas, como a última gestão que efetivamente conseguiu produzir algo de positivo para a cidade, como a inauguração de escolas, postos de saúde e outras benfeitorias agora muito mais raras e até inexistentes. Com relação aos desafios que o novo prefeito terá, Petto, assim como fez em sua entrevista ao GRUPO DIÁRIO como candidato, considera que está na Saúde, o maior desafio do mandato tampão, pela sua dimensão constitucional que está sendo desrespeitada, e também em relação ao rombo causado pelas últimas gestões. Petto ainda chamou atenção para uma promessa de campanha do prefeito eleito, que fala do seu vice, Dr. Ari, atuando em atendimentos na UPA nestes primeiros meses de gestão.
“Só fiquei preocupado com a promessa de colocar o Dr. Ari atuando na UPA nestes primeiros meses porque eu sou paciente e preciso dele na sua especialidade. Mas brincadeiras a parte, como dissemos na nossa entrevista, foram dezesseis secretários em oito anos, não existe possibilidade de se manter uma política pública de Saúde neste cenário! É muita incerteza, muitas mudanças bruscas, e mesmo com uma equipe de servidores tão qualificada e competente como a que dispomos hoje, fica quase impossível fazer alguma coisa. É preciso calma e tranquilidade para se vencer desafios tão grandes como o que temos hoje na Saúde”, explica o médico Roberto Petto, que ainda acrescentou: “Eu sei que não é um desafio simples, mas se o Vinicius souber pedir ajuda quando necessário, e as pessoas e instituições certas, ele vai vencer essa grande bola de neve de problemas que se tornou a Saúde em Teresópolis. Eu não tive só acertos, estou longe disso, mas sei que na medida do possível garantíamos um atendimento de qualidade, mas isso era feito com foco nas pessoas, acho que é essa a saída para enfrentar tão grave problema”, enaltece Petto, que ainda faz questão de tocar em outro assunto abordado em sua entrevista ao GRUPO DIÀRIO, a valorização dos servidores públicos.
Para Petto, Vinicius terá de buscar entendimento e o respeito dos funcionários da prefeitura, peças imprescindíveis desta engrenagem. “Nosso servidor público municipal é a saída e a resposta para muitos destes problemas hoje vividos. O servidor precisa de tranquilidade para tocar a administração, ele não pode viver com medo, com a lembrança da chibata, isso não é condição de trabalho que se espera de um servidor. Eu sou sempre questionado por alguns funcionários que trabalharam comigo direto sobre os nossos churrascos, onde eu ia pra cozinhar para o pessoal, das nossas reuniões e festas. Isso não é desperdício de tempo é estreitamento de laços, é proporcionar que o servidor possa atender bem ao nosso contribuinte, mas que especialmente produza muito mais com esses impulsos. Um gestor que não investe na qualidade dos que o cercam está fadado ao insucesso, ter ao lado gente competente e motivada só ajuda ao gestor. Mas também é hora dos meninos virarem homens. Gerir uma cidade como Teresópolis, e com a quantidade de problemas que vivemos hoje, não é tão simples como parece, e vai exigir maturidade e toda essa força de vontade que estamos falando”, explica Petto.

 

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Edição 23/11/2024
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