Marcello Medeiros
Dados divulgados nesta sexta-feira pela subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro mostram que continua crescendo o número de casos de febre amarela silvestre em humanos confirmados em Teresópolis. Desde o início dos registros da doença, em meados de janeiro, já são 19 ocorrências. Dessas, sete terminaram com a morte das vítimas. Nosso município está atrás apenas de Valença (21 casos, seis óbitos) e Angra dos Reis (43 casos, 14 óbitos). Em Nova Friburgo, foram anotados até o momento 14 casos e cinco mortes. Em Petrópolis foi confirmada apenas uma ocorrência.
Os outros municípios que fazem parte da estatística são: Duas Barras (13 casos -dois óbitos), Sumidouro (12 casos – cinco óbitos), Cantagalo (7 casos – quatro óbitos), Rio das Flores (5 casos – dois óbitos), Trajano de Moraes (4 casos – três óbitos), Silva Jardim (4 casos – dois óbitos), Vassouras (3 casos – dois óbitos), Cachoeiras de Macacu (3 casos – um óbito), Engenheiro Paulo de Frontin (2 casos – dois óbitos), Carmo (2 casos – um óbito), Mangaratiba (2 casos – um óbito), Maricá (2 casos – um óbito), Miguel Pereira (2 casos – um óbito), Paty do Alferes (2 casos – um óbito), Piraí (2 casos – um óbito), Rio Claro (2 casos – um óbito), Paraíba do Sul (1 caso – um óbito) e Bom Jardim (1 caso).
A febre amarela é uma doença viral que causa dores no corpo, mal-estar, náuseas, vômitos e, principalmente, febre. Os sintomas duram em média três dias. Em alguns pacientes, o vírus da febre amarela ataca o fígado. São as complicações hepáticas que levam as pessoas infectadas a ficar com uma cor amarelada, daí o nome febre amarela. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que em torno de 30% das pessoas que contraem a doença podem morrer, se não forem diagnosticadas precocemente. Por isso, a recomendação é a de que o paciente deve buscar imediatamente atendimento adequado nas unidades de saúde.
A Secretaria Estadual de Saúde ressalta que os macacos não são responsáveis pela transmissão da febre amarela. A doença é transmitida através da picada de mosquitos. Ao encontrar primatas mortos ou doentes (animal que apresenta comportamento anormal, que está afastado do grupo, com movimentos lentos etc.), o cidadão deve informar o mais rápido possível na secretaria de saúde do seu município. Nesta sexta-feira, tentamos mais informações sobre os locais de residências das vítimas em Teresópolis, mas até o fechamento desta edição não obtivemos nenhum tipo de resposta da Assessoria de Comunicação da Prefeitura. Além disso, há semanas não é emitido laudo informando sobre esse quadro no município.