Anderson Duarte
A expansão do mercado de cafés especiais no Brasil também impulsiona outro mercado, o de trabalho, e também o surgimento de diversos novos postos, ou seja, uma grande oportunidade para quem quer conquistar uma vaga em tempos de crise. A cada ano, mais pessoas buscam qualificação para conquistar uma vaga no setor e alguns profissionais como Baristas e até torradores de café são exemplos de trabalhadores que emergem atualmente. Pensando em todo esse potencial, o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e similares em Teresópolis promoveu um curso básico para Baristas com um dos maiores especialistas da nossa região, Pedro Foster, que trouxe para a cidade, além de novas tecnologias e conhecimentos variados sobre grãos, moagem e torra, também dicas de harmonização, inclusive com cervejas especiais, tendência em amplo crescimento no país.
A sede do sindicato se transformou em uma cafeteria completa e com direito a cheirinho de café dominando o ambiente. Pedro esteve um dia antes no programa Jornal Diário na TV, do Canal 4, explicando como seria o módulo, que apesar de ser bem básico, traz informações importantes para quem deseja iniciar uma carreira ou uma especialização. “Além daquelas pessoas que desejam encontrar uma oportunidade no mercado de trabalho, o que eu acho muito promissor, tem aquela pessoa que quer conhecer um pouco mais do mundo dos cafés especiais, que quer receber melhor os convidados em reuniões em casa, ou que simplesmente adora café”, explica Pedro com relação ao público alvo de seu curso. Segundo pesquisas de especialistas do setor, enquanto o consumo do café tradicional tem crescido cerca de 2% ao ano, o dos cafés gourmet crescem em média 13%. As mesmas pesquisas apontam que os cafés com custo superior a R$ 12 nas embalagens de 500 gramas tiveram crescimento ainda maior, cerca de 31% entre os anos de 2015 e 2016.
O Sindicato patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Teresópolis foi o responsável pela vinda de Pedro Foster a cidade, e seu presidente, Bruno Rosa, falou também em entrevista ao Canal 4 sobre essa preocupação em especializar nossa mão de obra na cidade. “Nosso sindicato tem atuação primária em questões como na área jurídica, por exemplo, onde atuamos na área de tributos, impostos, leis e em primeira instância para proteger e defender nossos associados. Mas também temos a parte operacional onde atuamos no levantamento de prazos e preços de equipamentos e toda demanda operacional de suprimentos para cada empresa, entre muitas outras áreas de atuação, mas entendemos que essa participação direta na capacitação se faz necessária neste contexto de crescimento e possibilidade que vemos hoje no setor. O Pedro é um profissional dos mais requisitados e especializados da área e gentilmente compartilha conosco informações sobre a história do café, os tipos de planta, secagem, torra, cadeia produtiva, métodos de extração e preparação de expressos e cappuccinos, enfim, nossa ideia é formar o público para aprender a lidar com o café e entender o avanço da sua cadeia produtiva”, explica Bruno.
Uma das novidades mostradas no programa e no curso foi a “Pressca”, uma cafeteira portátil, produzida aqui no Brasil e que além de ser muito prática, já que você pode fazer café em qualquer lugar, necessitando apenas de água quente, também surpreende no visual. “Bom além de muito bonita como vemos, ela também é muito prática e com um sistema bem bacana e exclusivo de infusão e extração. Com esse sistema é possível garantir que o café saia delicioso de um jeito simples e rápido. Basta adicionar água quente e aguardar poucos minutos para uma experiência marcante. E se tiver que sair não tem problema, porque além de tudo isso que falamos, a Pressca ainda possui um eficiente sistema de isolamento térmico, para manter seu café quentinho por muito mais tempo”, explica Pedro. Questionado sobre a razão do sucesso do café, o especialista disse que a grande valorização vista hoje, se dá, principalmente porque o café está sendo redescoberto como uma bebida especial, além de crescer também o número de cafeterias e estabelecimentos na área. “O Barista também pode ser contratado por hotéis, restaurantes, supermercados e promotores de eventos e festas. O curso tem o objetivo de fornecer informações práticas para o treinamento e aperfeiçoamento de Baristas, em caráter básico e inicial”, explica.
O Brasil é o maior produtor de café do mundo, sendo em volume de produção quase insuperável, com 45 milhões de sacas por ano, segundo a Brazil Specialty Coffee Association. Mais de 127 países do mundo têm cafés brasileiros nas suas xícaras hoje, mas segundo Pedro, todo esse volume, infelizmente não conferia ao nosso produto qualidade, ou pelo menos, a imagem de qualidade que esperamos, sendo conhecido por muitos países como um café de “segunda linha”. “Mas essa imagem está mudando rapidamente, e muito devido ao crescimento do mercado de profissionais, como o que é responsável pela torra, por exemplo, que é feita para procurar a melhor qualidade, o melhor potencial que o café possa apresentar. Cada tipo de torra vai apresentar um jeito diferente na xícara, onde você pode melhorar o café ou estragar, piorar. Se fizermos um desenho do que o Barista representa nessa cadeia, podemos dizer que ele é o responsável por fazer a ponte entre toda a cadeia de produção até o consumidor final, quase como um mago das misturas e do preparo da bebida”, finaliza Pedro.
A sede do sindicato se transformou em uma cafeteria completa e com direito a cheirinho de café dominando o ambiente. Pedro explicou que o módulo, apesar de ser bem básico, traz informações importantes para quem deseja iniciar uma carreira
O Brasil é o maior produtor de café do mundo, sendo em volume de produção quase insuperável, com 45 milhões de sacas por ano, segundo a Brazil Specialty Coffee Association, e mais de 127 países do mundo têm cafés brasileiros nas suas xícaras hoje
O Sindicato patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Teresópolis foi o responsável pela vinda de Pedro Foster a cidade, e segundo a entidade, a preocupação maior é especializar nossa mão de obra na cidade