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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Arrombamento de veículos na região do Alto preocupa

Motoristas denunciam ataques frequentes em áreas turísticas do município

Marcello Medeiros

Na primeira semana de 2018, O DIÁRIO publicou estatística do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostrando que no ano passado o crime com o maior número de comunicações na 110ª Delegacia de Polícia foi o de furto. Entre janeiro e novembro, 1.094 pessoas estiveram no setor de plantão da Civil para registrar algum caso do tipo. Ainda na metade de janeiro já dá para se fazer uma projeção que este ano não será muito diferente. Nos últimos dias, nossa equipe de reportagem teve conhecimento de vários casos de arrombamento e furto no interior de veículos no bairro do Alto e arredores, principalmente em locais com grande movimentação turística.

Algumas dessas ocorrências, além do devido registro na 110 DP, foram parar nas redes sociais. Uma das vítimas divulgou em sua página, pedindo compartilhamento de amigos para tentar encontrar seus pertences, que teve seu automóvel vandalizado no final da noite de domingo na Rua Augusto do Amaral Peixoto, nas proximidades da Vila St. Gallen e não muito longe da própria delegacia. Ele relatou ter se ausentado entre 21h45 e 23h20, tempo suficiente para que o bandido jogasse uma pedra no vidro lateral direito e assim pudesse acessar o interior do Ford. “Como havia esquecido de tirar a minha carteira do console, o objeto chamou a atenção do ladrão, que aproveitou o meu descuido e cometeu o furto. Peço a atenção de todos ao estacionarem em Araras, Alto e redondezas. Segundo informações da polícia, o meu caso foi o sexto somente neste mês de janeiro. Se alguém achar a minha carteira, por favor, entre em contato comigo visto que a mesma continha minha CNH e carteira de registro do CREA e cartões de banco. Fiquem atentos e por favor compartilhem este post com seus amigos. Teresópolis já foi uma cidade tranquila!”, relatou a vítima, Ramon Lima.

Na própria publicação outras pessoas relataram casos parecidos e também naquela região. “Aconteceu o mesmo comigo no dia 19 de dezembro. Meu carro estava na avenida principal no Alto, em frente ao restaurante Figaro. Na delegacia me disseram que eu era a quarta da noite. Desde aquele dia venho prestando atenção. Sempre no Alto ou em Araras. Já passou da hora da polícia pegar”, comentou a professora Vanessa Rocha. 

“Aconteceu comigo na quinta-feira, consegui encontrar alguns pertences em uma rua próxima, em direção à Beira Linha. Dá uma vasculhada naquela área, parece que quem furtou saiu espalhando as coisas pelo caminho. Ainda estou à procura dos documentos, se alguém achar peço que avisem, por favor. Boa sorte!”, completou Magali Salomão. Na mesma publicação, mais uma denúncia, agora sendo vítima Ricardo Júnior: “Aconteceu comigo também, em dezembro, bem próximo ao seu, no Recanto do Mineiro”.

Vítimas devem comunicar

O número de casos pode ser ainda maior do que o registrado e os relatos encontrados em redes sociais, visto que muitas pessoas preferem não fazer a comunicação no setor de plantão da 110ª DP. Porém, é de extrema importância que os arrombamentos e furtos sejam reclamados. Dessa forma, as polícias Civil e Militar podem montar esquemas de investigação para tentar chegar aos autores ou mudar o sistema de patrulhamento para buscar diminuir a incidência desse tipo de crime. Além disso, caso algum produto de furto seja recuperado, com o autor ou terceiro, aumenta a chance da vítima reaver seus bens com a comparação dos dados.

Muita gente alimentando o crime

Há bastante tempo o número de furtos é grande em Teresópolis. Mas para onde vão parar produtos de todo o tipo retirados de residências e estabelecimentos comerciais, por exemplo? Os ladrões utilizam para mobiliar ou decorar suas residências? Não. Geralmente, tais criminosos revendem esses produtos com preço bem abaixo do mercado. E, mesmo sendo implícito o ato ilícito, muitas pessoas acham estar levando vantagem ao adquirir uma televisão que custa R$ 2 mil por R$ 100… Na verdade, quem comete tal ato é tão bandido quanto aquele que se deu ao trabalho de tomar o bem de outra pessoa. Aliás, a pena prevista no Código Penal Brasileiro para os receptadores é a mesma dos ladrões, de três anos de cadeia.

E ainda se baseando no que prevê a Lei, os que compram produtos de crime ainda podem terminar atrás das grades primeiro do que aqueles que praticaram o furto ou roubo. Caso o ladrão seja identificado fora do período de flagrante, prazo que depende do andamento da ocorrência, mas geralmente é curto, vai continuar em liberdade até julgamento. Já os que forem flagrados portando qualquer objeto de origem ilícita é levado imediatamente para o xadrez da 110ª Delegacia de Polícia, sendo posteriormente encaminhado para unidade prisional da Polinter, no Rio de Janeiro.

Outro ponto importante a ser observado é que a própria pessoa que incentivou a criminalidade comprando um produto de roubo ou furto amanhã pode ser vítima do mesmo ladrão. É um ciclo criminoso onde todos acabam perdendo, não somente a vítima daqueles que insistem em “ganhar a vida” sem precisar trabalhar.

 

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Edição 23/11/2024
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