Morreu Cezar Mattar, de 81 anos. Pai de Oriethy Heleno e Madeleine, e Gabriela e João, avô de Hugo e Cezar Mattar Neto, foi casado com Hilka Mattar, e depois Angela das Graças Costa Mattar. Membro influente da política teresopolitana nos anos 1970 e 80, eleito deputado em 1970 e vice-prefeito, de Roger Malhardes, entre 1973 e 1976. Militar do Exército Brasileiro em Minas Gerais, veio para a nossa cidade em 1965, designado para o quadro de instrutores do Tiro de Guerra, onde foi “sargento”. Formado em Direito pela Cândido Mendes, foi secretário geral da prefeitura.
Velório ocorreu na Câmara Municipal, das 7 às 11h, e das 11h às 13h30min, no capela do cemitério Carlinda Berlim, onde foi sepultado.
A CARREIRA POLÍTICA DE MATTAR
Candidato a deputado estadual mais votado na cidade em 1970, com 2.948 votos, Cesar Mattar fez sua segunda participação em eleições no ano de 1972, elegendo-se vice-prefeito de Roger Malhardes, quando fizeram 9.684 votos, 41.71% dos votos.
Em 1974, Cesar Mattar conquistaria a primeira suplência de seu partido, o MDB, na Alerj, fazendo 10.937 votos, 8.093 deles em Teresópolis, perdendo a vaga por apenas 30 votos para o candidato Gil Manoel Marques, que fez 10.967 votos. No entanto, com a morte do deputado Julvêncio Santana, de Volta Redonda, Mattar assumiu e cumpriu cerca de três anos de mandato.
Em 1976, com apenas dois partidos, MDB e Arena, e a regra da sublegenda, apesar de ter sido o mais votado do pleito, com 10.893 votos, não ganhou a prefeitura. Somados aos votos dos demais candidatos da legenda, Oswaldo Oliveira, com 1.924 votos e Luiz Paulo Ferreira de Mello, com 447 votos, obtiveram, juntos, apenas 13.260 votos. Pela ARENA, ganhou o candidato Pedro Jahara, com 7.770 votos, porque os outros dois candidatos da legenda foram mais bem votados: o ex-prefeito Waldir Barbosa fez 6.110 votos e Luiz Carregal 4.877 votos, totalizando 18.757.
Mais votado de 1976 para prefeito, dois anos depois, na eleição de 1978, Cesar Mattar fez apenas 6.266 votos na cidade, ficando na 22.a suplência. Mas, em 1982, o candidato voltaria forte novamente, sendo candidato pelo PMDB, por onde correram também Celso Dalmaso e Teófilo Faraco. Fez 5.004 votos, Teófilo 3.910 e Celso Dalmaso saiu vitorioso com 12.116 votos, rendendo os três candidatos à legenda partidária 21.030 votos. Já na época do pluripartidarismo, a segunda legenda mais votada nessa eleição foi o PTB, que fez 10.648 votos, com Roger Malhardes obtendo 6.922 e Luiz Carregal, 3.726. Pelo PDS, Robertão fez 6.300 votos e Carlos Magno, 1.072 votos, totalizando a legenda 7.372 votos. Sem penetração em Teresópolis, o PDT que elegeu Brizola governador aquele ano tinha Paulo Maia e Afonso Luiz candidatos a prefeito. Os dois juntos fizeram 2.359 votos, obtendo Paulo Maia 1937 votos e Afonso, 422.
Em 1992, voltaria à política sendo candidato a última vez, como vice de Noel Teixeira.