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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Exposição Olhares Sobre a Serra em Teresópolis

O Projeto IteneArte apresenta a exposição "Olhares Sobre a Serra" como o artista plástico e mestre dos pinceis José Ramon. Funcionando no restaurante Julianus, que é anexo ao Athos Hotel, o projeto leva a espaços não tradicionalmente dedicados aos movimentos artísticos, obras que figuram nossas belezas naturais e atrativos turísticos, levando assim até a rua, a obra e a arte do artista teresopolitano. O professor Ramon carrega em sua arte características pinceladas impressionistas, que trazem a intensa sensação de luminosidade e profundidade, em quadros repletos de nuances de cor, sombras a luzes que a natureza apresenta nas suas infinitas possibilidades, encontradas nas belezas naturais da Serra dos Órgãos.

Anderson Duarte

O Projeto IteneArte apresenta a exposição “Olhares Sobre a Serra” como o artista plástico e mestre dos pinceis José Ramon. Funcionando no restaurante Julianus, que é anexo ao Athos Hotel, o projeto leva a espaços não tradicionalmente dedicados aos movimentos artísticos, obras que figuram nossas belezas naturais e atrativos turísticos, levando assim até a rua, a obra e a arte do artista teresopolitano. O professor Ramon carrega em sua arte características pinceladas impressionistas, que trazem a intensa sensação de luminosidade e profundidade, em quadros repletos de nuances de cor, sombras a luzes que a natureza apresenta nas suas infinitas possibilidades, encontradas nas belezas naturais da Serra dos Órgãos. 
Um dos destaques da obra de José Ramon é a presença do nosso maior símbolo turístico, o Dedo de Deus. “Esta é uma paisagem das mais magnificas que nós vamos encontrar pelo mundo. Uma prova disso são as inúmeras obras que vendi ao longo da minha carreira e que se espalham pelos mais diferentes cantos do mundo tendo como inspiração o Dedo de Deus e o seu entorno. E as pessoas sempre gostaram de comprar e replicar as belezas da montanha. Eu posso falar com propriedade sobre a cidade porque são mais de 40 anos aqui estabelecido, é a minha cidade, a cidade que me acolheu tão bem”, enaltece o artista.
O projeto surgiu de uma ideia coletiva baseada na interatividade dos artistas com um dos nossos maiores potenciais de crescimento, o turismo. “Este projeto surgiu da ideia de levar os artistas de Teresópolis para todos os lugares, onde as pessoas que visitam nosso município possam conhecer um pouco desta obra, desse artista. O Itinerarte leva exposições a hotéis, restaurantes, espaços de convivência e eventos. Leva também o artista a promover as suas obras e mostrar também um pouco da nossa Serra, da nossa cidade. É uma grande troca, ou seja, a obra inspirada pela nossa beleza natural, do artista local, funciona como um divulgador a mais para a cidade, o artista tem uma possibilidade de mostrar seu trabalho comercial em um espaço na usual para tal. É possível encontrar diversas maneiras de se retratar o Dedo de Deus, a Mulher de Pedra, entre muitas outras inspirações da nossa região”, explica a produtora cultural Elane Rezende.
Também questionado sobre a motivação e sua capacidade produtiva, visto que José Ramon enfrentou alguns problemas de saúde recentemente, o pintor esbanjou otimismo e explicou como conseguiu adaptar sua arte as suas limitações motoras, hoje bastante severas. “Minha técnica hoje se adaptou um pouco. Antigamente eu gostava de ir aos lugares e reproduzir aquilo que me chamava a atenção, mas agora, por conta do meu problema de locomoção estou tendo que usar a fotografia. Mas também não me impede de exercer minha capacidade criativa. Aliás, tem um exemplo disso agora recentemente, quando recebi uma encomenda de um quadro do Dedo de Deus em tamanho grande e que usei uma foto atual como delimitação do objeto, mas não me impediu de construir uma vegetação com tons avermelhados, que não são características da região, com flores diferentes, ou seja, usando a minha criatividade com as cores, mas mantendo as formas”, explicou Ramon.
Quanto a inspiração do trabalho, Ramon não esconde, ou seja, Teresópolis e suas imensas belezas surgem como unanimidade. “A inspiração continua sendo a mesma que tinha no início da minha carreira, e olha que hoje as barreiras são enormes, tenho um problema de saúde que me faz não poder contar com uma perna e um braço, ou seja, sou quase metade de mim, mas ainda sim, em meio as dificuldades, posso dizer que nada mudou na minha produção, que continua apaixonada, vocacionada e com ênfase na nossa cidade tão bela. Passar a frente de um Dedo de Deus e não parar para admirar, ou não se permitir enxergar uma beleza como essa, que nós temos o privilégio de abrigar, eu, humildemente considero uma grande perda de tempo e de oportunidade. Considero que todo teresopolitano deveria ter a prática de contemplar essa bela paisagem, e lembro com muito carinho das minhas viagens de volta para cá. Sou do interior de São Paulo e sempre que voltava para casa, logo no trecho onde o Dedo de Deus aparece majestoso, já vinha aquele sentimento de que ali realmente o dedo do criador existia”, finaliza Ramon.
“Acredito que a arte precisa estar na rua e o nosso turista está nela, ou seja, ele vem para conhecer as nossas riquezas culturais, nosso patrimônio, nossa vida cultural e estar nestes lugares pode ser um facilitador desse contato maior com o visitante. O artista local ganha uma ferramenta e tanto com essa capilaridade de apresentações, quanto da possibilidade de negociações de suas obras e nosso turista ainda pode conhecer um olhar artístico das belezas naturais que ele encontrou aqui”, finaliza Elane Rezende.

 

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Edição 23/11/2024
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