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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Deslizamento de terra e preocupação no Bairro de Fátima

Últimas chuvas aumentaram problema em servidão, que há anos aguarda por intervenções

Marcello Medeiros

Luiz Bandeira

As fortes chuvas que atingiram o município na tarde da última quarta-feira, 03, causaram alguns prejuízos e muita preocupação para algumas famílias teresopolitanas. No período de 24h, a Secretaria Municipal de Defesa Civil registrou 12 ocorrências, sendo quatro deslizamentos de terra, três quedas de árvore, alagamentos diversos, uma via pública afetada e a necessidade de duas vistorias técnicas. Ainda de acordo com o órgão, naquela tarde os maiores volumes de chuva foram registrados nas estações do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (40,6mm/h), Corta Vento (37,2mm/h), Barroso (37mm/h) e três Córregos (32mm/h). Nessas e outras localidades, foi necessário acionar as sirenes do Sistema de Alerta e Alarme.
Foram registrados alagamentos em diversos pontos do município, como Alto, Ermitage e Várzea, como na Carmela Dutra, Tenente Luiz Meireles e Rua Manuel José Lebrão. As sirenes da Ilha do Caxangá foram acionadas pelo risco de transbordo do Rio Paquequer, mais uma vez. Por volta das 17h, após mais de uma hora de chuva intensa, a água se aproximou das residências. De acordo com a Defesa Civil, o município segue em estágio de atenção devido ao acumulado dos últimos dias e a previsão de continuidade de chuva fraca a moderada ao longo do dia. 
Na tarde desta quinta-feira, 03, estivemos em um dos locais onde ocorreu deslizamento de terra, a Rua Pernambuco, no bairro de Santa Cecília. A via, por onde já passaram veículos, vem “diminuindo” a cada ano, passando a servidão e, hoje, é praticamente um trilho. O último escorregamento de terra, na quarta, deixou apenas uma pequena passagem para os moradores e ainda colocou em mais risco algumas residências.
“Esse acesso aqui está cada vez mais complicado. Ttem pessoas aqui atrás que são deficientes, pessoas idosas, tem uma grande quantidade de moradores aqui, que precisam da passagem. É um caminho muito importante, ele liga inclusive a outras ruas, outros bairros, pessoas de outros bairros e de outras ruas passam aqui também. Motocicletas, logística, pessoal que trabalha com delivery. Então esse caminho aqui é importante para gente, antigamente passava carro, desde o primeiro acidente quando caiu um pedaço ainda passava carro e em 2003, quando aconteceram uma série incidentes na cidade, aqui caiu e ficou só esse meio caminho. O pessoal vem usando, os próprios moradores vêm fazendo obras há anos, vêm ajudando há anos a manter o caminho, mas realmente é complicado, a gente precisava de uma obra, realmente uma coisa maior com engenheiro, com um cuidado maior, com os moradores, com os idosos, as pessoas que moram aqui”, relata o músico Guilherme Reis, conhecido no mundo artístico como “Lord”, do grupo ADL.
Ele relatou ainda que há anos a situação é reclamada, sem nenhuma solução. “A gente perde as contas de quantas vezes caiu, e tem outros barrancos mais a frente também. Aqui no mínimo três vezes já caiu, já aconteceu de cair um pedaço aqui e a gente ter fazer aqui com os próprios moradores que se juntam e fazem. Tem algumas coisas aqui que já é anunciado”, pontuou, atentando ainda para a preocupação dos moradores desse trecho da rua Pernambuco. “Toda vez que chove, na verdade, a gente que mora aqui a gente fica realmente um pouco preocupado. Eu moro na casa atrás, essas duas casas ficam à frente da minha que tem um maior risco, mas existe uma ligação de estrutura e de viga, então a gente fica sempre preocupado. Toda vez que chove a gente fica preocupado realmente”, enfatizou. 
O autônomo Adenilsom, , que morador na primeira casa ameaçada pela queda da barreira, nesta quinta-feira recebeu da Defesa Civil um “Comunicado de Risco Estrutural”. Ele relata ter presenciado o último escorregamento de terra, que pode colocar em situação de perigo ainda as residências na rua de baixo. “Eu praticamente acho que não tenho medo não. Já é a terceira vez que aconteceu isso aqui, então eu já estou acostumado, medo eu não tenho não. Eu tenho mania de ficar lendo meu livrinho de bang bang na minha porta e no dia que caiu eu estava exatamente sentado ali mesmo e aí vi caindo o negócio. Meu medo todo é quando passa alguém e cai, graças a Deus não passou ninguém naquela hora”, disse. Os moradores relataram que por conta do buraco que se abriu depois de tantos eventos de queda de barreira no local, três motoboys já caíram se ferindo sem gravidade. 

Atenção
É importante que as pessoas sempre observem os alertas da Defesa Civil, que são dados através do telefone 40199. Nas comunidades que têm o Sistema de Alerta e Alarme, fique atento ao tocar das sirenes. Caso elas soem o alarme, as pessoas precisam se dirigir aos pontos de apoio e ficar atentas se houver movimentação de árvores, trincas em muros ou na própria estrutura das casas ou estruturas de talude, as encostas,  e entrar em contato com a Defesa Civil para que seja feita uma vistoria no local. “Nós estamos com duas equipes de pronto emprego 24 horas de plantão e é importante que faça o acionamento pelo número 199. Muitas das vezes as pessoas jogam nas redes sociais e a gente só fica sabendo um tempo depois, então é importante ligar para o 199 que atendimento é mais rápido”, relata o secretário da pasta, Coronel Albert.

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Edição 23/11/2024
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