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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Chuvas causam deslizamentos, quedas de árvore e interdição de estradas

No Vale da Revolta, barreira cai sobre veículo no acostamento da pista e fecha a BR 116 nos dois sentidos. Volume acumulado nos últimos dias é motivo de preocupação. Defesa Civil segue em Estágio de Atenção

No início da noite desta segunda-feira, 10, por volta das 19h, ocorreu um deslizamento de terra e pedras no Vale da Revolta, soterrando um veículo e fechando a BR116 nos dois sentidos. “Estava previsto que isso ia acontecer. De novo, todo ano é isso e enquanto o governo assiste a chuva acontecer nós estamos morrendo debaixo das barreiras. A parte de cima de onde ocorreu esse deslisamento pode descer. Estamos de prontidão e alertas, mas é preocupante a situação com essas chuvas”, disse o presidente Tadeu, que levou a vítima do acidente, que sofreu apenas arranhões, para a sede da associação de moradores.
O último levantamento divulgado pela Secretaria Municipal de Defesa Civil indica que, no período de 24 horas, as localidades monitoradas pela pasta que registraram maior volume de chuvas foram o Vale da Revolta (43,2mm) e estação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (57mm) , sendo que a última compreende, portanto, a região dos bairros Alto e Soberbo. Teresópolis segue em Estágio de Atenção devido aos acumulados e a previsão de continuidade de chuva. “Fiquem atentos aos Alertas via SMS e Sirenes e em caso de Emergência Ligue 199”, também divulgou nesta segunda-feira a SMDC, através da Assessoria de Comunicação da PMT. Ainda segundo a nota, no último período analisado foram registras 11 ocorrências, sendo quatro relacionadas a quedas de árvore, cinco em relação a deslizamentos de terra e duas vistorias técnicas, todas sem vítimas e sem desalojados ou desabrigados. Nesta segunda-feira, 10, a reportagem do jornal O Diário e Diário TV recebeu apelos de diversos bairros, locais onde quedas de barreira preocupam ou deixaram as estradas impraticáveis, como em diversos pontos da zona rural. Em Independente de Mottas e Água Quente, só para citar, há vários trechos intrafegáveis, assim como nas regiões de Santa Rita e Arrieiro. Na Estrada das Cacatuas, no Parque do Imbuí, uma grande árvore fechou totalmente o trânsito. 
No dia anterior, um deslizamento de terra e pedras atingiu os fundos de uma residência na localidade de Calado, próximo a Vieira, no Terceiro Distrito, quilômetro 36 da Teresópolis Friburgo. Apesar do susto, ninguém se feriu. No Segundo Distrito, em Água Quente, parte de rua próxima ao mercado do produtor cedeu e “engoliu” um veículo. O motorista se feriu levemente, sendo atendido por resgatistas da CRT, que fazem plantão perto dali, e foi encaminhado para o HCTCO, sendo medicado e liberado. Em Gamboa, uma das árvores tombadas atingiu a rede elétrica nas proximidades da Escola Municipal Rui Barbosa, sentido Comunidade-Luz Nova Terra (Crer-Sendo).Na zona urbana, moradores da  Rua Padre Feijó, em Santa Cecília, estão preocupados devido a um grande escorregamento de terra no local.
O Cemaden-RJ enviou alerta de risco muito alto de deslizamento para o município de Petrópolis, na Região Serrana, onde os índices pluviométricos ultrapassaram 103 mm em 24 horas e 300 mm em 96 horas. Também há aviso de risco alto para Teresópolis, que alcançou aproximadamente 150 mm de chuvas em 48 horas. O risco geológico também é considerado alto nos municípios de Duque de Caxias, Magé, Guapimirim, Silva Jardim e Rio Bonito, Angra dos Reis e Cachoeiras de Macacu. Nas demais localidades, o risco é considerado moderado.

Estado em prontidão
O governador Cláudio Castro e o secretário Estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros RJ, coronel Leandro Monteiro, monitoram as chuvas que atingem o território fluminense desde quinta-feira, 06. Na manhã deste domingo, 09, os dois participaram de uma série de videoconferências com os prefeitos das localidades mais atingidas, nas regiões Serrana, Norte e Noroeste. – Estamos em contato permanente com os municípios. Toda a estrutura do Estado está mobilizada para atuar em apoio às cidades afetadas. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros RJ trabalham incansavelmente para prevenir e minimizar danos causados pelas precipitações. O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) monitora as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos, enviando alertas para as regiões e para a população – afirmou o governador Cláudio Castro.
Nas últimas 24 horas, o Corpo de Bombeiros foi acionado para mais de 90 ocorrências relacionadas às chuvas no estado, a maioria para cortes de árvores e salvamentos, como de pessoas ilhadas. Até o momento, não há registro de vítimas fatais.

Recomendações de autoproteção
– Verificar se há atualizações de avisos ou recomendações vigentes de proteção e defesa civil para seu município com as autoridades locais;
– Montar kit com itens pessoais básicos, documentos, receitas médicas, medicamentos de uso contínuo, cartão do SUS, entre outros;
– Verificar os locais que servirão de abrigo/ponto de apoio;
– Em caso de emergência, entrar em contato com o Corpo de Bombeiros (193) ou com a Defesa Civil local (199).

Nas questões de riscos hidrológicos:
– Manter um membro da família vigilante ao nível de subida das águas, mesmo à noite;
– Se o nível da água subir e houver risco de alagar a residência, retirar aparelhos eletrônicos das tomadas, fechar o gás, registros de água e recolher animais;
– Procurar áreas seguras, mais altas e distantes do rio, mesmo que isso envolva abandonar a casa ou o carro;
– Em vias alagadas, não forçar o deslocamento a pé ou de carro. Esperar a água escoar para continuar seu deslocamento;
– Evitar cruzar pontes abaixo das quais o nível do rio esteja subindo.
– Evitar transitar em áreas alagadas, que podem esconder riscos como buracos, bueiros abertos, fiação elétrica exposta e animais peçonhentos.

Nas questões de riscos geológicos:
– Estar sempre vigilante a qualquer movimentação no terreno;
– Se observar aparecimento de fendas ou depressões, rachaduras nas paredes, inclinação de árvores/postes ou surgimento de minas d'água, avisar imediatamente à Defesa Civil e deixar o local;
– Caso a moradia esteja localizada em área de risco alto ou muito alto, buscar abrigo na casa de amigo/parente que NÃO esteja localizada em área de risco ou no ponto de apoio mais próximo;
– Permanecer na casa de amigo/parente ou no abrigo/ponto de apoio até a Defesa Civil Municipal autorizar o regresso à moradia.

 

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Edição 01/11/2025
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