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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Prefeitura afirma que atendimento na saúde está normal

"Não há nada de errado no atendimento e não estão faltando medicamentos ou itens de higiene"

Wanderley Peres

Divulgação de queixa do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais quanto a falta de reconhecimento dos funcionários da saúde e a precariedade de atendimento nos postos, em matéria do DIÁRIO nesta terça-feira, 4, provocou diversos depoimentos nas redes sociais, onde foram endossadas as reclamações dos servidores, de falta de medicamentos básicos e até de material de limpeza e higiene, conforme também publicou o jornal na edição de ontem, quando foi mostrada, ainda, a insatisfação da população quanto ao grande número de crianças para serem consultadas na Beneficência Portuguesa, onde o atendimento tem sido precário, reclamação já repercutida na Câmara Municipal. Para piorar a situação, ao mesmo tempo, a prefeitura publicou anúncio em seu portal de internet, informando que estaria ocorrendo atendimento 24h para crianças no posto de saúde Eitel Abdala, apagando depois a postagem porque as informações estariam incorretas.

Em entrevista a O DIÁRIO nesta quinta-feira, no entanto, o Subsecretário de Gestão e Planejamento da Secretaria de Saúde, Rodrigo Rebello nega a carência reclamada, esclarecendo a situação, segundo o governo, de regularidade para o bom atendimento da saúde. Quanto aos medicamentos básicos e essenciais para o funcionamento das unidades básicas de saúde, o subsecretário disse que todas as unidades estão com o abastecimento regularizado. “Pode haver uma falta pontual de medicamento ou outro item, mas nada que atrapalhe o atendimento das unidades”, disse. O fornecimento de álcool 70 e a utilização de outro tipo para a assepsia também foi descartada. “Não tem problema de desabastecimento do item alcool 70. E nem é protocolo da secretaria usar o álcool não recomendado”, garantiu.

Justificando que o trâmite administrativo é um pouco moroso, o secretário disse que não tem nada fora do padrão, nada que comprometa o atendimento da população. “Existe a regularidade na entrega dos insumos, embora no final do ano, com o recesso do período, possa ocorrer atraso nas entregas. Mas não por conta da gestão, porque há um controle sobre isso para que o serviço seja regular”.

Com relação à demora no atendimento da pediatria, com a Beneficência lotada, Rodrigo disse que a movimentação maior ocorreu por conta do surto, que causou um aumento de casos envolvendo crianças e algumas unidades ficaram sobrecarregadas. “Mas prontamente as equipes foram reforçadas e o atendimento está normalizado. Assim, passando o surto, o atendimento ficará normal nas unidades”, prometeu.

Sobre a demora para a transferência dos pacientes da Upa e a dificuldade de leitos no município, indo muitos doentes para outros municípios, onde a dor da família aumenta consideravelmente, o subsecretário disse que não existe a deficiência no atendimento enquanto o paciente está na Upa, enquanto ele espera a transferência. “A Unidade de Pronto Atendimento aguarda os pacientes para a transferência com todos os suportes necessários. O município tem os hospitais contratualizados. Quando esses hospitais ficam lotados e surgem vagas em outros hospitais contratatualizados, é feita a transferência, mas quando os hospitais do município não dispõem de vagas na hora necessária, somente. Quem regula as vagas de alta complexidade é o estado, então, eventualmente, pela sua estratégia própria, ele autoriza a transferência para outros municípios para regulamentar os leitos de forma geral e ampla na região”, disse.

Outro tema da saúde que preocupa a população, até pela politização que vem ocorrendo com o problema, a vacinação das crianças em Teresópolis também foi defendida pelo subsecretário. Segundo ele, o município aguarda as orientações do governo federal e os repassaes das doses de vacinas das crianças para iniciar o cronograma, que seguirá o plano nacional de imunização”, concluiu.

“Imagens de caixas vazias são antigas”, disse

Mote para a matéria do DIÁRIO, as estantes vazias de remédios mostradas nas fotografias obtidas pelo sindicato seriam, segundo o subsecretário, imagens antigas, garantindo que o abastecimento da rede está normal, depois enviando à redação as fotografias provando o que disse à reportagem. O SindPMT, quem repassou as fotografias para o jornal, no entanto, garante que as imagens são atuais, que teriam sido feitas nesta segunda-feira, dia 3, por isso a fala da presidente, Kátia Borges, ao DIÁRIO, quando denunciou a falta de medicamentos e itens de higiene ao reclamar da má relação entre os servidores públicos lotados na rede de saúde.

 

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Edição 23/11/2024
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