Cadastre-se gratuitamente e leia
O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
em seu dispositivo preferido

Ensino à distância impulsiona formação acadêmica na pandemia

Antes criticado, EAD agora é adotado pela maioria das universidades tradicionais

Luiz Bandeira

O anúncio da pandemia de Covid-19 em março de 2020 trouxe diversas transformações. Com as restrições de locomoção e de contato social, setores indispensáveis tiveram que passar por adaptações. Uma das mais significativas ocorreu na educação, que passou a adotar o modelo de ensino à distância (EAD) em praticamente todas as modalidades de educação – desde treinamentos básicos a mestrados e doutorados. Os cursos à distância trazem opções de ensino viáveis para alunos que necessitam trabalhar e estudar ao mesmo tempo e para pessoas que necessitam compartimentar ou flexibilizar horários de estudo. E, hoje, mesmo com o retorno ao sistema anterior, essa modalidade continua sendo bastante procurada e isso indica que o EAD veio para ficar.
Antônio Carlos Bideu, Diretor da UNOPAR, referência na modalidade em Teresópolis, detalha a comodidade do EAD. “O aluno que pretende fazer qualquer curso presencial tem que ir a faculdade todos os dias, ou de manhã ou à noite, dependendo do curso, com custo de passagem, custo de alimentação, estacionamento, custo de roupa, demandando tempo e com mensalidade alta. Com o ensino à distância ou você faz em casa totalmente online ou tem a opção de vir à universidade e fazer aula pelo menos uma vez na semana ao vivo via satélite”, enfatiza.
Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) mostra que tanto a procura quanto a oferta por cursos EAD tiveram aumento substancial entre 2020 e 2021, e que, apesar da situação criada pela pandemia, o mercado tende a se consolidar mesmo após o término das restrições sanitárias. “A EAD se encaixa perfeitamente como solução para a realidade atual devido a sua flexibilidade, aos diversos meios de transmissão de conteúdo (vídeos, textos, aplicativos, jogos), aos canais de comunicação existentes, além de beneficiar os diferentes tipos de aprendizagens”, ressalta a Fábia Kátia Moreira, consultora de EAD e tecnologia internacional que atua na área há mais de 25 anos.
Para a consultora, “diante da pandemia da Covid-19, mesmo as instituições mais tradicionais e resistentes à EAD estão lançando mão dessa modalidade, senão para oferecer novas possibilidades de aprendizagem aos estudantes, ao menos para garantir o cumprimento dos duzentos dias letivos exigidos em lei”.

Nova realidade
Antônio Carlos afirma que o EAD é uma realidade e que as universidades que tanto criticavam agora também oferecem curso nessa modalidade. “Veio a pandemia e o que as faculdades presenciais que batiam tanto na gente, o quê elas vão fazer? São só duas opções, ou elas se transformam em online, à distância ou elas vão fechar as portas”, pontua o Diretor da UNOPAR. Além dos cursos totalmente virtuais, a unidade local tem cursos híbridos e, portanto, estrutura para as aulas que ocorrem de forma presencial.

Qualidade de vida
De acordo com a psicóloga e estudante de pós-graduação em Gestão de Pessoas Jaqueline Oliveira, o EAD oferece aumento em qualidade de vida, já que elimina a necessidade de deslocamento. “Me ajudou muito pela questão de flexibilidade de horários. Tenho uma vida muito corrida e moro em uma área que faz com que eu precise ficar em transporte público por, no mínimo, 1h30 antes de chegar na instituição de ensino. Ganhei qualidade de vida e me adaptei à didática. Acredito que não quero mais fazer ensino presencial”, afirmou. Para o diretor na UNOPAR a qualidade do ensino à distância não é mais questionada, “O aluno do ensino á distância aprende muito mais do que o aluno do presencial, porque precisa muito dele, muito mais empenho”, frisa Antônio. 

Registro
Segundo o que consta do portal do MEC quando trata da regulamentação do ensino à distância. No caso da oferta de cursos de graduação e educação profissional em nível tecnológico, a instituição interessada deve credenciar-se junto ao MEC, solicitando, para isto, a autorização de funcionamento para cada curso que pretenda oferecer. O processo será analisado na Secretaria de Educação Superior – SESU, por uma Comissão de Especialistas na área do curso em questão e por especialistas em Educação a Distância e, então, encaminhado ao Conselho Nacional de Educação. Portanto, o trâmite é o mesmo aplicável aos cursos presenciais. A qualidade do projeto da instituição será o foco principal da análise. 

 

Tags

Compartilhe:

Edição 04/05/2024
Diário TV Ao Vivo
Mais Lidas

Jovem acusado de tráfico é preso no bairro do Pimentel

Guarda Civil Municipal promove ações pelo Maio Amarelo

Congresso da Juventude reúne mais de cinco mil pessoas em Teresópolis

Estácio promove semana sobre desenvolvimento socioemocional

Bolsonaro é levado a SP para tratar erisipela e obstrução

WP Radio
WP Radio
OFFLINE LIVE