Wanderley Peres
Localizada no prédio do antigo Matadouro Municipal, a escola Heleno de Barros Nunes está em deplorável condição de funcionamento. De “tempo integral”, a escola atende em dois turnos, ou seja, meio tempo integral, deixando na mão as famílias em que as mães precisam trabalhar fora e não tem com quem deixar os filhos. A escola está ainda muito suja, sem conservação ou reforma. “O banheiro não tem nem descarga, os professores precisam encher baldes para jogar no vaso. Os ventiladores das salas não dão vazão e as crianças estudam no calor”, relatou a O DIÁRIO um parente de aluno, que ainda gravou vídeos dos problemas relatados. “Eles divulgam que a escola faz parte da nova era da educação municipal, que terão vários diferenciais como educação física, inglês e etc. A realidade, o mundo real, é que faltam até professores na Heleno Nunes, escola que está largada pela administração municipal. O número de salas não corresponde ao número de turmas! Está tudo errado e a população só sofre com esse descaso. A comunidade local é extremamente carente e a educação é uma forma de mudar aquela realidade”, completa.
Ainda segundo a denúncia, compartilhada também em grupos de whatsapp, nesta quarta-feira, um rato teria subido na perna de uma das professoras dentro da escola, que é ainda frequentada pelos ratos dos fundos do terreno, lugar cheio de cocô de cavalo, onde existem também carrapatos e muita sujeira.
Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, a professora Kátia Borges já trabalhou na escola Almirante Heleno Nunes, a escola do Fischer, e disse a O DIÁRIO que essa escola sempre foi problemática, sempre em condição de carência. “O prédio precisa ser derrubado e construído outro porque não é o ideal para receber alunos. E não é só a escola, a prefeitura precisa cuidar também do entorno, que é uma comunidade muito carente, e precisa ser inserida, para que os filhos dos moradores deste lugar tenham um melhor atendimento na área da educação e da assistência social”, disse. “Pelas imagens divulgadas se percebe bem a sujeira e o fato do banheiro não estar funcionando direito é grave, demonstrando desleixo e uma falta de atenção com a unidade. Vamos fazer uma visita ao local, para ver a condição em que o servidor está sujeito a trabalhar, porque está configurada uma carência de espaço digno para o aluno e o professor e sua equipe de apoio”, completou Kátia.
O Diário de Teresópolis pediu informações sobre a denúncia para Prefeitura de Teresópolis no início da tarde desta quinta-feira 17/02/2022. Até as 23h a Assessoria de Comunicação não enviou resposta.