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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Número de estelionatos cresceu 241% em comparação ao ano passado em Teresópolis

Em apenas três casos, teresopolitanos perderam R$ 26 mil para golpistas em ataques pelo whatsapp e telefone

Em apenas três casos, teresopolitanos perderam R$ 26 mil para golpistas em ataques pelo whatsapp e telefone

Luiz Bandeira

O número de crimes de estelionato praticados contra teresopolitanos vem crescendo assustadoramente. A vulnerabilidade da população não é causada só por desatenção ou falta de cuidado com a segurança em transações financeiras na internet, é também por que os golpistas se multiplicam a cada dia e a variedade de mecanismos que viabilizam golpes, acabam dificultando cada vez mais o trabalho da polícia para combater esses crimes. O Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP) publicou em seu painel de estatísticas criminais um crescimento de 241% no comparativo de janeiro deste ano, nos registros de crimes de estelionato praticados em Teresópolis, com janeiro de 2021. No primeiro mês do ano passado foram denunciados 29 golpes, este ano janeiro fechou com 99 registros. Os crimes de engenharia social são tão ou até mais comuns do que qualquer outro, envolvem 60% dos ataques cibernéticos e têm crescido durante a pandemia. Em todo o ano de 2020 o ISP contabilizou 333 casos, ano passado essa modalidade criminosa foi denunciada 560 vezes na 110ª Delegacia de Polícia.
E, pelo que apuramos, a situação em fevereiro não está diferente. Em poucos dias, três casos geraram prejuízo de R$ 26 mil para teresopolitanos. No dia 05, uma senhora recorreu a 110ª DP para denunciar ser vítima do golpe do Whatsapp. A mulher disse ter feito duas transferências bancárias no valor total de aproximadamente R$ 6 mil para um golpista que se passou pela irmã. A mulher informou que recebeu mensagem de pedido de ajuda financeira via aplicativo de conversas, de um perfil que tinha a foto da sua familiar, mas com um número diferente. A senhora ainda questionou sobre o novo número e a suposta irmã disse que havia trocado. A mulher então resolveu ajudar, atendendo ao pedido de ajuda, fazendo duas transferências bancária via PIX.
Golpe parecido aconteceu em meados de fevereiro, quando uma mulher recebeu um pedido de alguém, se passando por seu irmão, pedindo R$ 12 mil para comprar um terreno. O falso parente disse que precisava do dinheiro emprestado com urgência e que estaria fazendo um ótimo negócio. Assim como no caso da outra vítima, a foto do perfil era do seu irmão, mas o número do telefone era diferente. Ignorando a divergência de informações a mulher fez a transferência e descobriu depois que tinha sido vítima de crime cibernético.
Outra forma encontrada pelos golpistas para tirar dinheiro de correntistas é o golpe do falso motoboy. Uma moradora do bairro do Alto caiu na habilidosa lábia dos estelionatários e entregou seu cartão bancário para um motoboy, que se passou por prestador de serviço do banco em que tem conta. A mulher recebeu uma ligação telefônica de bandidos se passando por pessoas ligadas a agência bancária onde é cliente, dizendo que haviam feito compras no seu nome e que para evitar prejuízo precisavam recolher o cartão e a senha para cancelamento. Os bandidos sacaram R$ 8 mil da conta da vítima. Fica o importante alerta: bancos não pedem senhas por telefone, não ligam para o cliente pedindo dados sigilosos e não enviam funcionários a residência de clientes.

Whatsapp clonado
Com a popularização dos aparelhos smartphones, as quadrilhas criaram golpes específicos para a aproximação de estelionatários às vítimas através desta plataforma. O golpe de clonagem de whatsapp é um exemplo mais recente, onde o bandido envia mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo um favor de depositar certa quantia para suprir uma emergência. A forma de evitar esse golpe e habilitar no aplicativo a opção de “verificação em duas etapas”.

“Ataques presenciais”
Além dos ataques virtuais ou através de ligações telefônicas, ainda são frequentes os casos de “saidinha de banco”, onde as pessoas são principalmente idosas abordadas com promessa de algum tipo de benefício e, no final, acabam perdendo grandes valores. Recompensas por produtos encontrados e supostos bilhetes premiados da loteria são alguns dos tipos mais comuns de abordagem.

Atenção para não ser vítima
Outro cuidado que devemos ter na internet é com os aplicativos maliciosos e a técnica comumente conhecida como phishing. O golpe começa quando recebemos um e-mail desconhecido com um link, que ao ser clicado instala um vírus no dispositivo dando acesso total aos bandidos. Não seja mais uma vítima, certifique-se de toda a segurança necessária em transações bancárias e financeiras. Se for vítima de estelionato não deixe de registrar um boletim de ocorrência para que os criminosos não fiquem impunes.

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Edição 03/05/2025
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