Fatores que afetaram a economia global nos últimos dias estão causando reflexo negativo no bolso do brasileiro
Luiz Bandeira
Fatores que afetaram a economia global nos últimos dias estão causando reflexo negativo no bolso do brasileiro. Depois da pandemia, que já causou um estrago nas economias até das grandes potências, agora temos uma guerra na Europa envolvendo justamente um dos maiores produtores de petróleo e gás do mundo. Assim, depois de 57 dias sem aumento, a Petrobras anunciou reajustes nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha, que passaram a valer já nesta sexta-feira, 11. Na noite anterior, houve correria aos postos de combustíveis na tentativa de proprietários de veículos de abastecerem ainda com o preço sem reajuste. Em Teresópolis, o que chamou atenção foi que muitos donos de postos aumentaram o preço mesmo tendo em seus reservatórios combustíveis adquiridos com preços antigos. Buscamos junto ao Procon.RJ um posicionamento sobre essa prática, porém ainda não recebemos resposta do órgão regulador.
Após o reajuste, nossa equipe foi verificar como ficaram os preços nos postos da cidade e constatamos que a gasolina se aproxima dos R$ 8,00 o litro e o diesel, beira R$ 6,00 o litro. Assim, é hora de economizar combustível, evitar desperdícios, deixar um pouco o veículo na garagem e procurar alternativas de transporte para gastar menos, porém, para o gás de cozinha essa é uma opção inviável. Não há alternativa que atenda à demanda doméstica diária e as famílias vão ser duramente atingidas, pois o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras foi reajustado em 16,1%. Com o aumento o preço final para o consumidor o botijão de gás pode chegar a R$ 130,00.
A Petrobras se posicionou em nota sobre os reajustes, “Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras… Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”, informa a estatal.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira que sancionaria o projeto de lei (PL) que prevê a cobrança em uma só vez do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, inclusive importados. O texto, aprovado na madrugada desta sexta-feira, na Câmara dos Deputados, e um pouco antes no Senado, prevê que a cobrança seja feita com base em alíquota fixa por volume comercializado e única em todo o país. “Quero cumprimentar o Senado e a Câmara dos Deputado pela aprovação que, na prática, visa suavizar o aumento no óleo diesel no dia de ontem [10]”, disse Bolsonaro, durante o lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), referindo-se ao aumento no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras.
Bolsonaro citou o óleo diesel, que teve o maior percentual de aumento, e disse que, após a sanção do projeto de lei, o preço do produto deve cair nas bombas dos postos de gasolina. “No final das contas, o governo entra com aproximadamente R$ 0,30; os governadores, com R$ 0,30, e o contribuinte, com os outros R$% 0,30. Logo mais, terei sancionado o projeto, e o reajuste anunciado pela Petrobras no dia de ontem passa de R$ 0,90 para R$ 0,30 na bomba. Eu lamento apenas a Petrobras não ter esperado um dia a mais para realizar esse reajuste”, disse o presidente.
Rodrigo Medeiros
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Com mais um reajuste no valor da gasolina, procura pelo GNV tem crescido bastante em Teresópolis