Luiz Bandeira
Os números, que atualmente revelam certo controle da pandemia da Covid-19, são bem animadores. Índice baixo de contaminação, índice baixo de vítimas fatais e vacinação avançando bem, apesar de mais de 30% da população de Teresópolis não ter completado o esquema vacinal com as duas doses e apenas 24,6% ter tomado a dose de reforço, seguindo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Assim, em Teresópolis, seguindo medida adotada pelo governo do estado, foi abolida a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre, e em ambientes fechados, sendo facultado o controle às condições para que se mantenha o distanciamento social, evitando aglomerações. A equipe do jornal O Diário e Diário TV, esteve nesta segunda-feira, 14, na Secretaria Municipal de Saúde para conversar com o secretário Antônio Henrique Vasconcelos sobre quais serão as prioridades da pasta nessa nova fase da pandemia. “A gente ainda recomenda que em um lugar aonde tiverem várias pessoas reunidas, em ambiente fechado, que se use a máscara. Embora haja uma flexibilização, não só em Teresópolis, mas em todos os outros estados e municípios, o ideal ainda é se prevenir. Vale a pena ainda estar com uma máscara no bolso, usar uma máscara no transporte público muito lotado, usar a máscara em ambientes super fechados… isso é uma recomendação de boas práticas”, pontuou.
O secretário se mostrou cauteloso e admite que, mesmo tais números, é preciso avaliar bem quanto ao momento de não usar a proteção facial.
Antônio Henrique disse ainda que a recomendação é para que em escolas onde estudem crianças que não forem vacinadas que se use máscara.
Sem internações
Antônio Henrique comemorou por não ter nenhuma pessoa internada por Covid-19 em Teresópolis e garantiu que mesmo assim as reuniões do gabinete de crise continuam, disse também que a secretaria continua mobilizada e que a missão da equipe agora é conscientizar a população de que a pandemia não acabou e da importância de se completar o esquema vacinal. “Estamos orientando as pessoas, a pandemia não acabou, a orientação para as pessoas é essa, dizer não acabou. É importante que, para a gente conseguir manter essa queda do número de casos, que as pessoas procurem a vacinação, que não relaxe quanto a vacinação. Isso é o que vai fazer a diferença entre ter novos surtos é não ter nenhum surto”.
Legado para a saúde
Por avaliar que não há mais necessidade de mobilizar uma ala inteira do Hospital das Clínicas Constatino Ottaviano para a Covid-19, o secretário citou que o trabalho junto à direção do Hospital para liberar dez leitos de UTI para outras demandas da população na unidade e enumerou outras heranças que ficam para o município, resultado dessa mobilização promovida nos últimos dois anos, por conta da pandemia. “Fora esse 10 leitos no HCTCO que já anunciamos, nós temos já iniciada a construção, para o final do mês de março, ou no mais tardar no início do mês de abril, mais 20 leitos no Hospital da Beneficência Portuguesa. São 10 leitos de UTI adulta e 10 leitos de UTI pediátrica. Já vai começar a obra e como é modular, acreditamos que até o final do ano, esses leitos também estejam prontos. Nessa pandemia nós abrimos o SAMU Teresópolis, por que entendíamos que as pessoas poderiam precisar desse auxilio de uma ambulância em casa e o SAMU Teresópolis está atendendo perfeitamente. Botamos a tomografia na UPA, que era pra atender ao Covid-19 e agora está definitivo, isso dá uma maior agilidade para as pessoas, serem atendidas com exames de alta qualidade na unidade. Estamos trazendo os nossos pacientes com transtorno mental, que estavam em instituições de longa permanência, o antigo manicômio, para suas residências, para proteger essas pessoas. Então o legado Covid-19 está aparecendo na cidade de forma espetacular e vamos ampliar a atenção básica, para dar conta do coronavírus, as consequências da doença e para dar uma maior cobertura de atendimento para as pessoas desse município”, pontuou o secretário de Saúde do município.
