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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Trânsito: Simulação de atendimentos de urgência na Praça Olímpica

Evento chamou atenção da população sobre a necessidade da prevenção de acidentes

Luiz Bandeira

O Brasil está na quarta posição entre os países com mais mortes em acidentes de trânsito no mundo, de acordo com estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), ficando atrás apenas de China, Índia e Nigéria. “Uma pessoa morre a cada 15 minutos no país por causa de acidentes de trânsito. A cada dois minutos uma vítima de acidente sofre sequelas por causa de ferimentos no trânsito”, diz José Aurélio Ramalho, Diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária (Onsv). Teresópolis está entre as cidades do interior do Estado do Rio de Janeiro com o maior número de acidentes envolvendo veículos automotores, bicicletas e pedestres. Em todo o ano passado, segundo levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP), foram 292 registros de acidentes. Este ano só de janeiro até esta terça-feira, 24, já foram 275 acidentes onde o 16º Grupamento de Bombeiro Militar teve que atuar, sem contar com os atendimentos da Concessionária CRT que administra o trecho da rodovia BR 116 que atravessa a cidade.
Para tentar mudar essa situação, o movimento Maio Amarelo foi criado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária em 2014, com a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortos e feridos no trânsito. Nesta terça-feira, 24, aconteceu mais uma ação de simulação de acidentes e atendimento de urgência, envolvendo Guarda Civil Municipal, CBMERJ e Unifeso. O evento foi realizado com veículos de verdade e bonecos que simulavam pessoas acidentadas além de um cão atropelado. Todo o cenário foi produzido na Praça Olímpica Luiz de Camões. onde estudantes da rede municipal e pessoas que passavam pelo Centro foram atraídas para assistir as ações das equipes envolvidas. A proposta da organização foi de impactar os espectadores com cenas bem realistas, treinar os militares do 16º GBM e avaliar o atendimento dos acadêmicos da universidade.
O Tenente-coronel Araujo, do Corpo de Bombeiros falou da importância deste tipo de evento na conscientização e pela preservação da vida. “Pra gente é muito importante, a prevenção para o Corpo de Bombeiros é fundamental, então como a gente está aqui mostrando esse trabalho pra sociedade isso é muito importante pra gente porque prevenir é melhor do que remediar, então essa é a nossa preocupação. Se a gente puder educar e evitar o nosso trabalho com prevenção isso é o mais importante pro CBMERJ e pra sociedade”, relatou ao Diário.
A primeira simulação de acidente envolveu alunos do curso de medicina veterinária do Unifeso, que demostraram o atendimento de urgência no caso do atropelamento de um animal, evidentemente o cão vítima nessa simulação era um boneco. A professora Síria da Fonseca que coordenou a atividade disse que esse tipo de simulação é importante para o aluno por em prática todos os procedimentos ensinados em sala de aula. “É importante que todo o procedimento seja realizado com toda segurança, tanto para o animal que foi atropelado, quanto para a pessoa que atropelou, os transeuntes que muitas vezes se envolvem pra tentar ajudar e que podem até sofrer algum dano no local do acidente e ser, por exemplo, mordida também. Porque normalmente em um trauma dessa magnitude as lesões são graves, fraturas, luxações, então o animal está com dor e a defesa do animal é a mordida. Então a pessoa muitas vezes tenta tirar o animal dali, ajudar, e no calor do acidente esquece de se proteger”. Segundo a professora Síria os alunos que participaram do evento já estão próximos de completarem a formação e para isso, esse tipo de simulação é muito importante.

Ações da GCM
Na sequência do evento promovido pela Guarda Municipal houve a encenação de um acidente envolvendo a colisão entre dois carros com vítima presa nas ferragens. Em tempo real foi feito uma ligação para o número de urgência dos Bombeiros, 196, onde foi informado o acidente e as condições de saúde da vítima. Em poucos minutos três viaturas da corporação chegaram para atender a simulação de acidente. Enquanto os militares demonstravam todo seu adestramento em situações de acidente de trânsito, um chamado real para um acidente no bairro do Alto mobilizou a equipe que participava do evento, que teve de se deslocar rapidamente para o local do acidente real, mais um para acrescentar ao já grande número de acidentes nas ruas de Teresópolis.
O comandante da Guarda Civil Municipal, Gil Wellington disse que o atendimento para eventos no trânsito funciona como uma engrenagem que envolve a própria GCM, o Corpo de Bombeiros e a Unifeso responsável pelo Hospital das Clínicas Constantino Otaviano. “No dia a dia nós é que vivemos isso, porque a Guarda está no trânsito e é acionada constantemente para auxiliar o Corpo de Bombeiros. Importante as pessoas verem o transtorno, fora o prejuízo para a saúde da vítima que é o mais importante, mas o transtorno que a imprudência causa para a cidade, por uma coisa que poderia ser tão simples se fossem respeitadas as leis do trânsito”, resumiu Gil.

Evento chamou atenção da população sobre a necessidade da prevenção de acidentes

Edição 23/11/2024
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