Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
A Polícia Civil do Rio confirmou a morte de 23 pessoas na operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF) na Vila Cruzeiro, no conjunto de favelas da Penha, zona norte do Rio, na terça-feira (24). Mais cedo, a polícia tinha divulgado o número de 26 mortos, mas três corpos que estavam no Instituto Médico-Legal (IML) eram de pessoas que tinham morrido em consequência de um confronto no Morro do Juramento, no bairro de Vicente de Carvalho, também na zona norte da cidade.
Segundo o IML, somente um dos corpos levados para o órgão ainda não foi identificado, porque aguarda confirmação oficial. “Dezoito (18) foram liberados pelo IML e cinco (5) aguardam liberação. Em todos os corpos foram realizados exames de necropsia e de papiloscopia para confirmar as identificações e esclarecer as circunstâncias das mortes”, informou a Polícia Civil.
Entre os corpos identificados está o da cabeleireira Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41 anos, que foi vítima de um tiro dentro de casa, na comunidade da Chatuba, vizinha ao conjunto de favelas da Penha. Segundo a Polícia Militar, não havia operação naquela localidade e Gabrielle foi atingida por um tiro de arma de longo alcance.
As investigações estão a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) que instaurou inquéritos.
Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar, hoje (26) não há operações na região da Penha. “O trabalho da Polícia Militar no Complexo da Penha é manter a estabilização do terreno, assim como o funcionamento dos projetos sociais e equipamentos públicos que lá existem”, afirmou.