Wanderley Peres
Reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a utilização de recursos pelo município no combate ao coronavirus, na última quarta-feira, 26, deliberou pelas convocações dos próximos depoentes. Depois de ouvir os secretários Antônio Vasconcelos, da Saúde; Yara Torres, do Controle Interno; e Valdeck Amaral, de Desenvolvimento Social e o ex-secretário da pasta, Marcos Jaron, na reunião da semana anterior à passada e, na última sessão, recolher os depoimentos dos diretores dos hospitais Beneficência Portuguesa, Paulo Ribeiro; Rosane Rodrigues, do Hospital das Clínicas; e Sidney Luis Rugeri, do Hospital São José, a CPI ouve uma nova rodada de servidores no dia 2 de junho, quarta-feira. Darão explicações aos vereadores, sobre as modalidades de compras e as disputas de preços para fornecimentos à secretaria de Saúde a diretora do departamento de licitação, Eduarda Brandão; a Subsecretária de Administração Flávia Teles e o Subsecretário de Saúde Rodrigo Rebello, além do representante da empresa de alimentação Green Food Alimentos Ltda, que fornece para a prefeitura, e ainda o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Valdir Paulino, a quem cabe acompanhar a fiscalização dos atos da secretaria de Saúde.
Na semana que vem, sessão do dia 9, serão ouvidos os representantes dos laboratórios de testes Covid 19, as empresas Multifarma Comercial Ltda., Lang e Filhos material hospitalar Ltda. e Medlevensonh Comércio e representações hospitalares Ltda. As suspeitas da CPI são de que as empresas teriam ligações com servidores municipais e políticos, como já foi ventilado em sessão anterior da CPI.
Até agora, a CPI já detectou como supostas irregularidades a ineficiência da secretaria de Desenvolvimento Social, que não comprou alimentos para as pessoas carentes, mas comprou aparelhos celulares que não estão ainda funcionando e que a quantidade de leitos disponíveis nos hospitais é bem menor que o informado no boletim da Prefeitura. Os vereadores perceberam, também, que existe jogo de interesses na prestação de serviços de saúde e desvios de recursos Covid para aparelhamento de hospital que não atende a pandemia, além da surpreendente informação dos diretores de hospitais que a prefeitura não pagou valor nenhum das dívidas antigas com os hospitais, conforme propagandeou o prefeito, sendo necessário ser descoberto, ainda, o que a administração municipal fez com os R$ 51 milhões que o governo do estado mandou ao município para o combate ao coronavirus.