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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Estacionamento irregular de veículos impede a circulação de linhas de ônibus em Teresópolis

Problema é comum em diversos bairros e Guarda Civil Municipal promete intensificar ações para coibir a prática

Luiz Bandeira

Um dos muitos exemplos de problemas gerados pela ampliação da frota de veículos licenciados em Teresópolis e também de cada vez mais visitantes, aliado à falta de educação, é o estacionamento ou paradas em locais proibidos ou de forma que atrapalhe ou até obstrua totalmente a passagem de outros veículos. O caos gerado pela falta de respeito acontece em vários bairros, desde a região central do município até as partes altas do populoso São Pedro. Um dos serviços prejudicados por essa prática reprovável é o de transporte coletivo. São muitas as queixam que recebemos sobre o tema, o que demonstra que a população não admite um veículo particular, individual, interrompendo a circulação do transporte público coletivo que atende toda uma comunidade. Flagrantes de desrespeito e falta de empatia de alguns motoristas estão em todas as ruas da cidade, porém nos acessos às partes mais altas dos bairros, que geralmente são vias mais estreitas, esse problema é mais frequente e verificado em muitos trechos destas ruas. Agora quando um veículo mal estacionado impede a circulação de um ônibus que atende pessoas que precisam chegar o mais próximo possível de uma unidade de saúde, as autoridades de trânsito precisam ser acionadas ainda mais rapidamente para retirar esse veículo infrator. Essa situação é constante na Rua José Maria de Araújo Regadas, no bairro Ermitage, via que termina no acesso ao Hospital da Beneficência Portuguesa.


Muitos motoristas, transportando pessoas que procuram atendimento na unidade de saúde, acabam estacionando seus veículos em local proibido e sinalizado com placas indicativas e pintura no meio-fio, estreitando assim a via e dificultando manobras no local. O final da rua é justamente o espaço necessário para o retorno do ônibus da linha 38-A, que faz o trajeto Vila Muqui-Beneficência Portuguesa. Nesta quarta-feira, 17, a reportagem do jornal O Diário e Diário TV procurou a empresa Viação Dedo de Deus para falar sobre o desrespeito às leis de transito e falta de bom senso de alguns maus motoristas e o quanto isso impacta na operação de algumas linhas de ônibus. “Tem acontecido com alguma frequência, com isso é o passageiro, é o cliente que fica sem chegar ao seu destino. É fundamental que aquele motorista que tem o seu carro singular, que ele pense na hora de procurar o estacionamento que ele pode impedir um coletivo inteiro de chegar até o seu destino final, onde realmente nesse caso do Hospital da Beneficência Portuguesa, embora isso aconteça também em outros bairros da cidade, com frequência, mas esse destino especificamente atende um hospital, muita gente vem pra cá precisando chegar o mais próximo possível desse ambiente para ser cuidado e o ônibus às vezes precisa ter o seu trajeto interrompido. É muito comum a gente colocar nas nossas páginas nas redes sociais que o ônibus da linha 38-A vai parar antes do seu destino final em algumas viagens durante o dia em função do estacionamento irregular”, destaca a Gerente de Comunicação da empresa de transporte, Bibi Nóboa.

Flagrante de estacionamento duplamente irregular na Rua José Maria de Araújo Regadas, veículo estava sobre a calçada e no ponto de ônibus

Manobra difícil
Algumas pessoas questionam porque os ônibus não conseguem manobrar quando uma simples marcha à ré poderia resolver o problema. Bianca Nóboa explica que não é tão simples assim. “Todos os nossos motoristas são treinados, dirigir um ônibus é realmente algo muito específico, não é como manobrar um carro comum que a gente está acostumado normalmente, então por regras de segurança a gente precisa fazer o trajeto da maneira que a orientação técnica é solicitada, nesse caso ele não pode dar só uma rezinha, por questões de segurança a gente precisa que esse ônibus faça a parada certa”, pontua.

Toda a cidade
Essa situação se repete em toda a cidade, o que impede a empresa de ônibus de atender seus clientes, como observou Bianca. “Infelizmente isso vem acontecendo em toda a cidade, a gente costuma utilizar muito o conceito do coletivo e o que é coletivo é pra todo mundo se beneficiar, algumas ruas da cidade são mais estreitas é nessa rua a gente pede para que as pessoas não parem os seus carros, esse estacionamento irregular dificulta a locomoção de um número imenso de pessoas, é muito importante que se tenha uma maior conscientização de todo mundo”.

A rua que dá acesso à Beneficência Portuguesa nem é tão estreita, mas com carros estacionados dos dois lados a manobra do ônibus fica inviável

GCM vai agir mais
A Guarda Civil Municipal trabalha incessantemente para coibir o estacionamento irregular na cidade, mas o conscientização do motorista precisa ser exercida. Esse é o apelo que faz o comandante da GCM Gil Wellington. “A gente recebe denúncias direto da própria Viação Dedo de Deus para vir verificar carros estacionados no espaço de manobra próximo ao Hospital da Beneficência, que atrapalha muito. É o desrespeito que a gente fala com o coletivo, por que uma pessoa que está utilizando o serviço de saúde atrapalha o ônibus que também trás pessoas para serem atendidos também, pra ser beneficiada com o tratamento médico. A Guarda Municipal vem trabalhando, vem rebocando, a gente tira aqui no mínimo três, quatro carros por semana, mas tem que haver também uma conscientização da população, do motorista que vem aqui e entender que todos precisam se utilizar da via, não só ele. O secretário de segurança do município, Marcos Antônio Da Luz, veio com uma determinação nova em uma reunião na semana passada de criar uma nova dinâmica por conta da implantação do estacionamento rotativo, com isso ele quer que a gente se dedique mais aos bairros. A gente vem fazendo campanhas pedindo para o motorista se conscientizar, mas tem hora que tem que se utilizar de medidas administrativas que é rebocar, remover para o depósito, notificar. Então a Guarda vai, nessa segunda quinzena de agosto, estar mais atuante nos bairros”, alertou Gil Wellington.

Edição 23/11/2024
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