Luiz Bandeira
Câmeras de monitoramento de um condomínio, na Estrada Francisco Smolka, no bairro de Quebra Frascos, flagraram o momento em que uma onça parda, animal nativo da Mata Atlântica, caminha na portaria do condomínio, e depois pula em direção a um sítio vizinho à propriedade de onde foi feito o registro. As câmeras indicam que o animal passeava às 04:12h da madrugada desta terça-feira, ninguém avistou o felino, nem antes e nem depois de ser captada a imagem do seu passeio.
O bairro de Quebra Frascos tem muitas áreas de mata preservadas além de ser vizinho de unidade de preservação, ambiente propício para o desenvolvimento deste espécime. O Diário conversou com o biólogo Ricardo Mello profissional que trabalha no Parque Natural Montanhas de Teresópolis e que desenvolve trabalho sobre os grandes felinos da nossa fauna. Ele explicou que o surgimento destes animais sempre existiu, mas agora os registros são mais comuns devido ao acesso maior a tecnologias de monitoramentos por câmeras, “é preciso entender que o surgimento desses animais sempre acorreu aqui, o quê acontece é que a gente hoje tem uma facilidade muito maior para conseguir esses instrumentos e fazer essa filmagem, do que antigamente. Nas unidades de conservação a gente tem muito mais acesso a esses instrumentos, então a gente consegue fazer mais filmagens, um maior monitoramento dessas espécies dentro da unidade, e fora hoje, a gente tem câmeras nos condomínios, nas casas, nos bairros, as próprias pessoas com seus celulares conseguem fazer as filmagens desses animais”, destaca Ricardo Mello.
Puma Concolor está em “seu meio natural”
O nome científico da onça-parda é Puma Concolor, ela tem hábitos noturnos, é carnívora e se alimenta, principalmente, de pequenos mamíferos, aves e roedores de pequeno porte. O animal adulto pesa entre 45 e 70 quilos e possuem entre 1,70 e 2,10 metros de comprimento. Em seu habitat natural e preservado, os animais desta espécie vivem, em média, 20 anos. Segundo o biólogo as onças não estão fora do seu habitat, “É importante entender que esses animais estão em seu meio natural, porém algumas espécies preferem ficar dentro da mata, longe desse contato, dessa aproximação com os seres humanos e algumas outras espécies tendem à arriscar essa aproximação”, alerta o biólogo.
Estudo pretende evitar casos de ataques de grandes felinos
Ricardo Mello desenvolve um trabalho que tem a intenção de minimizar os conflitos envolvendo ataques de onças, “hoje a gente tem propriedades que são modelos pra ente entender essa dinâmica, entender quais recursos, quais materiais são melhores pra se evitar a aproximação desses animais, pra que não se tenha o prejuízo do produtor rural. Então a gente tá tentando ver as melhor es formas de ter essa convivência par quê os produtores não sejam prejudicados, não percam sua criação e que as onças não entrem em conflito com esses moradores”, finaliza Ricardo Mello. Recentemente recebemos uma queixa de um leitor da coluna Wanderley Peres que relata ataque de uma onça a cães em Vargem Grande, “Caro jornalista Wanderley Peres o assunto aqui em Vargem Grande é o da onça que come cachorros e como andamos em trilhas pelo prazer das descobertas naturais e que é também assunto que o Diário de Teresópolis nos apresenta e convida como foco turístico e de lazer seria legal e amigável vocês nos tranquilizarem quanto a veracidade de várias fotos feitas e afirmadas como verdadeiras por porteiros, de onça que comeu o cachorro do condomínio, e convidar o IBAMA para comprovação dessa realidade do disse me disse aqui da roça interiorana de Teresópolis”, finaliza o apelo o leitor do Diário de Teresópolis.