Luiz Bandeira
Os casos de violência contra a mulher são constantemente cometidos em nossa cidade, a despeito de todo o trabalho feito por autoridades policiais, judiciais e da sociedade civil orientando às vítimas para que elas denunciem e não se intimidem diante do menor indício de maus tratos, agressões físicas ou morais. Na maioria dos casos de violência contra a mulher que culminaram em feminicídio, as vítimas tiveram oportunidades anteriores de denunciar o agressor, não recorreram a essa medida e acabaram perdendo a vida. Neste último fim de semana, policiais militares, em patrulha pelo bairro Vale da Revolta, flagraram um homem agredindo violentamente uma mulher que tinha no colo um bebê e conseguiram evitar um desfecho ainda pior para essa história. Nesta terça-feira, 27, a equipe do jornal O Diário e Diário TV esteve na 110ª DP para conversar com o delegado titular, Dr. Márcio Dubugras, sobre essa ocorrência. “Esse final de semana tivemos mais grave um caso de violência contra a mulher. Policiais militares faziam um patrulhamento ostensivo na cidade e se depararam com um carro parado no acostamento, constatando que dentro desse carro um homem agredia uma mulher. Essa vítima quando viu a viatura da Polícia Militar, ela saiu e pediu socorro e os policiais acudiram essa mulher, observaram que ela estava com uma criança, um bebê no colo, apresentava vestígios de sangue, porque ela teria sido agredida com um soco no rosto, o autor foi preso e foi trazido para a delegacia e a vítima levada para o hospital. Esse autor foi encaminhado para o IML para ser feito o exame de alcoolemia, não ficou comprovado que ele estava no estado embriaguez. Por que havia a desconfiança dele estar sob o efeito de álcool e foi constatado que essa vítima teve fratura no nariz”, relatou o Dr. Márcio.
A impunidade pode motivar a reincidência, por isso a denúncia da vítima aliada ao trabalho da Justiça tem sido importantes no combate à violência doméstica. Agora mais um agressor vai pagar pelo crime cometido, como revelou o delegado da 110ª DP. “O autor foi preso por violência doméstica e vai ficar preso, não tem direito a fiança, vai permanecer preso. Nós temos aí um ato covarde de um homem agredindo uma mulher, então é importante que as mulheres denunciem e que não deixem casos impunes, por que tinha sido comprovado que esse autor já tinha a agredido anteriormente, então é importante que as pessoas denunciem, porque uma conduta não noticiada permite que lá na frente o autor de agressões anteriores cometam novas agressões”.
Devido à extensa folha corrida, o autor das agressões pode passar um bom tempo na carceragem para refletir sobre suas condutas agressivas. “O que é importante é verificar que ele tem outros crimes a responder, nós temos registros de ameaça, temos registro de lesão corporal, então isso tudo vai ter uma somatório de pena. Nós já temos um inquérito relatado em face dele, então isso aí vai depender do somatório de penas que no futuro vai ser apreciado pelo judiciário. O quê é importante é que ele está preso, vai sair uma sentença em relação a esse processo e isso vai permitir que se some a outras penas de crimes que já estão aguardando julgamento na Justiça”, concluiu a autoridade policial.