Um gato-do-mato pequeno (Leopardus tigrinus), espécie ameaçada de extinção, e um gato-maracajá (Leopardus wiedii), um raro felino, foram flagrados percorrendo uma das trilhas do Parque Estadual dos Três Picos, unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em Nova Friburgo. A imagem foi capturada no último dia 7 por uma armadilha fotográfica instalada em uma trilha do parque. O Inea, em parceria com o Projeto Aventura Animal, instalou 20 câmeras camufladas em várias trilhas da unidade de conservação. O objetivo é monitorar a fauna, e assim reunir informações de animais que abrigam o parque para fins de pesquisa voltada à preservação das espécies nativas da Mata Atlântica. “Ficamos felizes com aparições como essa, porque a preservação das espécies, um dos pilares do instituto, é essencial para a sustentabilidade de ecossistemas como a Mata Atlântica”, destaca o presidente do Inea, Philipe Campello.
Considerado como ameaçado de extinção pela lista do Ibama, o gato-do-mato-pequeno tem o tamanho próximo ao do gato doméstico e é nativo das Regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste do Brasil. De hábitos noturnos e diurnos, ele se alimenta de pequenos roedores, pequenas aves e alguns lagartos. Já o gato-maracajá é um felino de hábitos noturnos e solitários característico da Mata Atlântica. “Mais uma vez animais são flagrados pelas armadilhas fotográficas. Esses registros são fundamentais porque estimulam a conscientização sobre a importância da na preservação desses animais”, ressaltou o coordenador do núcleo Três Picos do Parque, em Nova Friburgo, Rominique Schimidt.
O Parque dos Três Picos tem 65.133 hectares e abrange partes dos municípios de Teresópolis, Guapimirim, Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Silva Jardim, na Região Serrana do Rio. O parque também é reconhecido internacionalmente como uma IBA (Important Bird and Biodiversity Area), ou seja, uma área prioritária para conservação da biodiversidade de aves, pela BirdLife International.