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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Carnaval na Baixada: Bloco das Piranhas de Mauá tem tiroteio e mortes

Criança de nove anos é atingida e morre na hora. Segundo familiares, faltou atendimento para salvar outra vítima fatal

Um tiroteio na cidade de Magé, na Baixada Fluminense, causou mortes e produziu muitos ferimentos entre o público que brincava carnaval, na noite deste domingo, 19, durante um bloco em Mauá, distrito de Magé. Apontado pela polícia como um dos responsáveis pelo tiroteio, Flávio Serafim, vulgarmente conhecido como “Flávio Buh”, é morador do bairro Laureano, ele é um dos feridos e está internado sob custodia da PM, no hospital Municipalizado Adão pereira Nunes, na cidade vizinha de Duque de Caxias. O tiroteio teria começado depois de um desentendimento entre “Buh” e o policial civil Rodolfo Santos, que estava de folga, no bloco. Ele atua na delegacia de homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. As primeiras investigações a cargo da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, apontam que o policial reagiu a um ataque a tiros desferido por Flávio “Buh”. Em decorrência do tiroteio 21 pessoas foram atingidas, duas morreram e 19 ficaram feridas. Segundo testemunhas Rodolfo e Flávio teriam se desentendido e Flávio sacou a arma primeiro. O policial civil foi gravemente atingido e está internado no hospital Adão Pereira Nunes, das 15 pessoas atendidas neste Hospital, quatro tiveram alta e sete passaram por cirurgia, duas em estado grave, uma delas o policial civil. Entre as vítimas fatais uma menina de apenas nove anos de idade.
A prefeitura de Magé informou em nota que não promove os eventos de carnaval, mas presta apoio necessário à segurança da população e ordenamento do espaço público. Diante dessa tragédia a prefeitura recomenda aos organizadores de blocos carnavalescos que cancelem os desfiles na cidade toda. Porém, pessoas que tentaram fazer o socorro das muitas vítimas após o tiroteio, afirmaram que faltou atendimento, não havia ambulância nem estrutura de atendimento de urgência. Em entrevista ao portal G1, a irmã de uma das vítimas atribuiu sua morte a falta de socorro adequado. “A minha irmã foi baleada no pescoço durante uma troca de tiros. Ela perdeu muito sangue porque o meu cunhado teve que carregá-la por sete minutos a pé porque não tinha ambulância”, conta a técnica de enfermagem Jéssica Moura de Alvarenga Ferreira, irmã de Gabriela Carvalho de Alvarenga, 35 anos de idade, uma das vítimas fatais do tiroteio em Magé. Gabriela morava em Suruí, em Magé, e trabalhava em Piabetá, também em Magé.


Nota da prefeitura de Magé:
A Prefeitura de Magé lamenta profundamente o ocorrido durante a dispersão do Bloco das Piranhas, neste domingo (19), por volta das 23h, em Mauá, quando uma possível briga envolvendo um policial resultou em vítimas fatais e feridos. Apesar de não promover o carnaval, a Prefeitura estava dando apoio aos blocos, inclusive com o efetivo de mais de 40 homens da Guarda Civil e da Ordem Pública, mais 120 seguranças privados, além de todo apoio do 34° BPMERJ. Nossas redes de Saúde e Assistência Social estão dando todo o suporte às vítimas e familiares. A Prefeitura determinou a suspensão do apoio à programação do Carnaval na cidade e faz um apelo para que todos os blocos cancelem os seus desfiles.

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Edição 22/11/2024
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