Luiz Bandeira
Uma professora de uma escola pública de Teresópolis foi denunciada porque, segundo denúncias, enviou mensagens de cunho sexual para um de seus alunos, um menino de apenas 10 anos. Segundo a polícia, o fato veio à tona quando os pais desse menino viram essas mensagens no celular da criança e expuseram a professora por crime de assédio. O delegado titular da 110ª Delegacia de Polícia Márcio Dubugras falou com O Diário após grande repercussão do caso nas redes sociais e de pessoas em contato com os órgãos de comunicação. “Nós fomos procurados pela mãe dizendo que ela teve acesso ao celular da criança e observou que tinham várias mensagens de cunho sexual, que eram enviadas pela professora dessa criança pra ele, mensagens falando de questões sexuais e também foram enviadas por ela fotos sensuais pra criança. Nós analisamos e observamos que existem indícios de assédio sexual em face de menor e instauramos inquérito policial pedimos a busca e apreensão de celular, computador, pendrive e qualquer outro elemento importante para investigação. Também pedimos o afastamento da professora da escola e a proibição dela de frequentar o local, de exercer a atividade de professora e também a proibição dela ter qualquer tipo de contato com a criança. A partir de agora, a gente vai analisar o celular, analisar o computador para saber se outras crianças foram vítimas do mesmo crime e ao final disso a gente vai relatar esse inquérito policial”, detalhou o delegado. A atitude dessa profissional da educação, que é casada e mãe, pode lhe render até três anos de reclusão, como informa a autoridade policial. “Ela está respondendo por um crime do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, que é o artigo 241-D, que é definido como assédio sexual em face de criança e pode ter pena de reclusão de um a três anos”.
A professora foi intimada a prestar depoimento na 110ª DP e o seu marido a acompanhou, também prestando depoimento. Quando ele saiu para comprar um lanche, acabou sendo vítima da ira de pessoas que o agrediram com socos e pontapés. A polícia registrou a agressão desferida contra o marido da professora que, até então, não tem envolvimento com o crime cometido por sua esposa. “O que a gente acredita é que pessoas que de repente sejam parentes das crianças da escola, revoltados, tenham agredido o marido da professora. Isso é uma barbárie, o marido não tem nada a ver com isso, parece que o filho da professora também foi ofendido. Tem que se entender que a polícia está fazendo o seu papel, que não é certo fazer justiça pelas as próprias mãos, o que tem que ser feito a gente vai fazer e as pessoas têm que aguardar, respeitar e não agir, porque isso pode gerar uma responsabilidade pra aquele que também, numa ação precipitada, possa vir a agredir ou ameaçar uma outra pessoa”, alertou o delegado.
Apuração da PMT
A professora ministrava aulas em uma unidade educacional do município. Depois da divulgação do crime, a Prefeitura informou que abriu uma sindicância interna para apurar o caso e tomar as medidas cabíveis.